O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, determinou que, a partir de hoje, será obrigatório o uso de máscara para quem quiser entrar, circular ou permanecer no parlamento, num despacho no âmbito da pandemia de covid-19.
Em declarações à agência Lusa, o líder parlamentar do CDS afirmou que, "para quem acompanhou o que aconteceu nas conferências de líderes desde o início da pandemia, esta é uma evolução interessante e positiva".
"Eu estou recordado que, há duas ou três semanas, os deputados que tinham ido de máscara para o parlamento terem sido fortemente criticados [pelo presidente da Assembleia da República] porque tinha sido uma atitude quase ofensiva", concretizou Telmo Correia.
Assim, esta é "uma evolução" na atitude de Ferro Rodrigues, considerou o deputado, apontando que o presidente do parlamento "no início defendeu que não era preciso ser alarmista e devia ser mantida a normalidade, depois considerou ser ofensivo o uso de máscara, e depois disse que ninguém iria mascarado para o 25 de Abril".
Assim, "o que mudou foi a maneira de encarar esta matéria" e este é um "despacho um pouco surpreendente no sentido positivo", assinalou o democrata-cristão, acusando Ferro Rodrigues de "teimosia".
Na sua ótica, a Assembleia da República "deve dar o exemplo" à sociedade, e "não deve haver regras para uns e outras para outros", vincou Telmo Correia.
"O Presidente da Assembleia da República determinou, por despacho hoje publicado, que não será permitida a entrada, circulação ou permanência nas instalações da Assembleia da República a quem não usar máscara social ou cirúrgica devidamente colocada (podendo esta ser substituída por viseira)", refere a informação, entretanto publicada no 'site' do parlamento.
A utilização obrigatória de equipamento de proteção individual na Assembleia da República, em vigor a partir de hoje, aplica-se a "deputados, membros do Governo, funcionários parlamentares, membros dos gabinetes, colaboradores dos grupos parlamentares, serviço de segurança e a todos os prestadores de serviços, bem como a todos os cidadãos que, por qualquer razão, entrem e circulem nas instalações do parlamento".