Ana Mendes Godinho disse, esta quinta-feira, na Assembleia da República que "com este Governo, os jovens não serão aconselhados a emigrar", numa alusão à crise anterior no tempo do governo de Pedro Passos Coelho.
"Este é de facto o momento em que, pela segunda vez, os jovens estão a ser afetados por uma crise económica e social e que são, claramente, uma das partes mais atingidas no que toca à precariedade laboral", afirmou a ministra, defendendo que os jovens são uma das prioridades do Executivo nas políticas de apoio ao emprego.
"Quer das [políticas] que já existem, quer das que estamos a desenvolver no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social e no programa de retoma", sublinhou.
A governante acrescentou que os jovens são um público "fundamental" nas questões demográficas, frisando que é objetivo do Governo "garantir condições para que os jovens, ao contrário de outros tempos, não sejam nunca aconselhados a emigrar".
Ana Mendes Godinho frisou ainda que os jovens são necessários para o modelo de desenvolvimento do país "que estamos a construir".
Recorde-se que, em junho de 2015, o então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho negou ter incentivado os jovens a emigrar, considerando essa ideia "um mito urbano". "Há uns quantos mitos urbanos, um deles é que eu incentivei os jovens a emigrar. Eu desafio qualquer um a recordar alguma intervenção ou escrito que eu tenha tido nesse sentido", disse na ocasião, defendendo que o que dissera "foi que não podíamos estigmatizar aqueles que não tendo cá oportunidades, procuravam outras economias para poderem encontrar emprego".