Rui Rio rejeitou esta sexta-feira ter dado a mão ao PS ao viabilizar o Orçamento Suplementar na Assembleia da República. "O PSD deu claramente a mão ao país, disso não há dúvida nenhuma, e é isso que pretendemos".
Ou seja, explicou: "Se, neste momento, em vez de estarmos aqui a debater a forma como o Orçamento Suplementar foi aprovado, estivéssemos aqui a debater a forma como foi reprovado, o país estava sem condições nenhumas para fazer uma luta contra a pandemia e, em particular, para apoiar a economia portuguesa".
Para Rui Rio, criar estas condições "era absolutamente vital" e "aí demos seguramente uma mão ao país", reforçou, dizendo que quem está no Governo é o PS e é aos socialistas a quem compete agora fazer essa governação.
O líder social-democrata rejeitou também a ideia de um bloco central nesta votação. "Não vejo assim, até porque há propostas absolutamente fundamentais que foram derrotadas pela denominada Geringonça, à esquerda", disse, dando como exemplo "a principal proposta" do PSD, que o Estado pagasse tudo o que deve aos fornecedores, até ao fim do ano num prazo médio de 30 dias, "pura e simplesmente foi reprovada" pelo PS, PCP e Bloco.
Outra das propostas do PSD rejeitadas, e "que era absolutamente vital", era que o Estado não injetasse dinheiro na TAP sem antes explicar bem no Parlamento o plano de reestruturação e o montante em causa foi rejeitada pelo PS e PCP, lamentou Rio.
Sem surpresa, a proposta de Orçamento Suplementar para responder à crise foi esta sexta-feira aprovada na Assembleia da República com a abstenção do PSD, do Bloco de Esquerda, do PAN e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues. PCP, PEV, CDS, Iniciativa Liberal e Chega votaram contra. Joacine Katar Moreira (ex-Livre) estava ausente no momento da votação por se encontrar de quarentena voluntária depois de ter contacto com uma pessoa com Covid-19.