PSD deu a mão ao PS? "Não. Deu claramente a mão ao país"

Líder social-democrata recusa a ideia de ter dado a mão ao PS que hoje viu a proposta de Orçamento Suplementar aprovada com a abstenção do PSD, Bloco de Esquerda e PAN.

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Melissa Lopes
03/07/2020 13:56 ‧ 03/07/2020 por Melissa Lopes

Política

Rio

Rui Rio rejeitou esta sexta-feira ter dado a mão ao PS ao viabilizar o Orçamento Suplementar  na Assembleia da República. "O PSD deu claramente a mão ao país, disso não há dúvida nenhuma, e é isso que pretendemos". 

Ou seja, explicou: "Se, neste momento, em vez de estarmos aqui a debater a forma como o Orçamento Suplementar foi aprovado, estivéssemos aqui a debater a forma como foi reprovado, o país estava sem condições nenhumas para fazer uma luta contra a pandemia e, em particular, para apoiar a economia portuguesa". 

Para Rui Rio,  criar estas condições "era absolutamente vital" e "aí demos seguramente uma mão ao país", reforçou, dizendo que quem está no Governo é o PS e é aos socialistas a quem compete agora fazer essa governação. 

O líder social-democrata rejeitou também a ideia de um bloco central nesta votação. "Não vejo assim, até porque há propostas absolutamente fundamentais que foram derrotadas pela denominada Geringonça, à esquerda", disse, dando como exemplo "a principal proposta" do PSD, que o Estado pagasse tudo o que deve aos fornecedores, até ao fim do ano num prazo médio de 30 dias, "pura e simplesmente foi reprovada" pelo PS, PCP e Bloco.

Outra das propostas do PSD rejeitadas, e "que era absolutamente vital", era que o Estado não injetasse dinheiro na TAP sem antes explicar bem no Parlamento o plano de reestruturação e o montante em causa foi rejeitada pelo PS e PCP, lamentou Rio. 

Sem surpresa, a proposta de Orçamento Suplementar para responder à crise foi esta sexta-feira aprovada na Assembleia da República com a abstenção do PSD, do Bloco de Esquerda, do PAN e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues. PCPPEVCDS, Iniciativa Liberal e Chega votaram contra. Joacine Katar Moreira (ex-Livre) estava ausente no momento da votação por se encontrar de quarentena voluntária depois de ter contacto com uma pessoa com Covid-19

 

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