No dia em que o Parlamento aprovou o Orçamento Suplementar - com medidas para fazer face ao impacto da pandemia - e que contou com o voto favorável do PS e a abstenção de PSD, Bloco de Esquerda, e PAN, o Presidente da República lembrou, ao início da noite desta sexta-feira, e depois de promulgar o diploma do Governo, que tem uma preocupação.
Tendo em conta as consequências "económicas e sociais" da pandemia, que "estão para durar e que serão muito difíceis", é importante "que se faça um esforço para não haver crise financeira, para que os orçamentos vão sendo aprovados ou viabilizados. Isso é o que preocupa o Presidente", afirmou, em declarações aos jornalistas.
Questionado sobre as decisões aprovadas ontem pelo Conselho de Ministros, o chefe de Estado afirmou que em relação à Efacec "aí eu intervim porque promulguei o diploma".
"É muito simples. É uma empresa privada, importante em termos científicos, tecnológicos e de projeção no estrangeiro. Em princípio tudo devia decorrer pelo acordo entre privados, (...) acontece que uma decisão do tribunal arrestou essa posição e criou um dificuldade à venda normal no mercado", lembrou Marcelo, referindo que depois de terem sido "ensaiadas várias formas de ultrapassar essa dificuldade, restou uma: que é o Estado servir de ponte transitória, por um período curtíssimo de tempo, isto é o Estado nacionalizou essa posição para vender imediatamente".
Ou seja, prosseguiu, "há interessados, ficará privada, não é para ser uma nacionalização nem para sempre, nem duradoura, nem longa, quanto mais curta melhor porque o Estado funciona aí para fazer a ligação", vincou Marcelo, acrescentando que "o ideal era que fosse privado comprar privado".
Mas como tal "não foi possível", então "privado comprará achado que fez a ponte relativamente a uma posição privada".
[Notícia atualizada às 20h43]