TAP "estava nas últimas". Ou se "salvava ou teríamos um custo gigantesco"
Considerou Francisco Louçã, esta sexta-feira, que, perante a possibilidade de a TAP fechar, "a intervenção pública era uma exigência nacional incontornável".
© Global Imagens
Política TAP
Anunciou o Governo, na quinta-feira, que o Estado vai passar a deter 72,5% do capital da TAP. Considerou Francisco Louçã, no seu habitual espaço de comentário na antena da SIC Notícias, que a companhia área "estava nas últimas" e ou se "salvava agora ou teríamos um custo gigantesco pelo [seu] encerramento".
A solução para salvaguardar o futuro da TAP "foi muito polémica", tendo criado aliás "algumas divisões no Governo". Fruto da crise motivada por "circunstâncias globais" e por "problemas internos da TAP que foram agravados pelo processo de privatização", a companhia aérea "estava nas últimas", como considerou o comentador.
Com efeito, "ou era salva agora, ou teríamos um custo gigantesco pelo [seu] encerramento", não apenas "pelo emprego e pela perda da empresa, mas pelo que isso arrastava na falta de alternativas". Perante a possibilidade de a TAP fechar, acrescentou, "a intervenção pública era uma exigência nacional incontornável".
O ex-líder bloquista era, porém, partidário de outra solução, em que "os 1.200 milhões de euros fossem transformados em capital e que dessa forma fosse reestruturada a propriedade da TAP, sem recorrer a este empréstimo por seis meses, que é inviável e depois vai desencadear uma segunda fase deste processo".
"Perder a TAP era impossível. Que o Governo procure uma alternativa com o controlo público, parece-me razoável", continuou ainda.
Esta solução adotada pelo Governo foi atacada por diversos prismas, entre eles "o ideológico", sendo que há quem considere que "as nacionalizações não são aceitáveis". Mas "a privatização é que é surpreendente, na verdade. A nacionalização é uma solução imperativa quando se trata de defender um interesse do conjunto do país".
Considerando também a nacionalização da Efacec, advogou o bloquista que, nestes "dois casos [TAP e Efacec] é preciso pensar o lugar da empresa em função do que se quer para Portugal nos próximos anos".
E a Efacec "trabalha na produção de equipamento de alta tecnologia para conservação de energia. Vamos precisar, numa transição energética em Portugal, de altíssima tecnologia", constatou.
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