Fundo da UE "não propõe nem um cheque em branco, nem uma nova troika"

No final do encontro com o homólogo espanhol, Pedro Sánchez, em São Bento, o primeiro-ministro português classificou de "inteligente, justa e equilibrada" a proposta da UE para fazer face às consequências sociais e económicas da pandemia.

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Ana Lemos
06/07/2020 14:34 ‧ 06/07/2020 por Ana Lemos

Política

António Costa

O primeiro-ministro português, António Costa, e o homólogo espanhol, Pedro Sánchez, reuniram-se em Lisboa, esta segunda-feira, no âmbito da preparação da reunião do Conselho Europeu, entre 17 e 18 de julho.

À saída do encontro na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, António Costa referiu-se à necessidade de a Europa não perder mais tempo face ao "drama para a saúde" mas também "com consequências devastadoras para a economia e emprego" que a pandemia da Covid-19 também trouxe ao mundo e à Europa.

Quanto ao fundo de recuperação económica e social - programa que prevê 750 mil milhões para fazer face às consequências sociais e económicas da Covid -, António Costa referiu-se à proposta da Comissão Europeia como uma "proposta inteligente, justa e equilibrada" porque, sustentou, "não propõe nem um cheque em branco, nem uma nova troika".

É, por isso, importante "uma aprovação o mais rapidamente possível desse pacote que nos permita relançar um programa de recuperação económica que responda não só às necessidades de hoje mas que também esteja focado e ancorado na ambição que temos que ter para no futuro acelerar a transição digital, a transição para uma economia mais descarbonizada e apoiar a transição para a ação climática, mas também para aumentar a autonomia estratégica da UE", vincou o chefe do Governo português.

"É essencial que a Europa não perca mais tempo e seja capaz de dar uma resposta comum e suficientemente robusta à dimensão económica e social da crise da Covid" (António Costa)

"Por isso, é muito importante que nos organizemos de forma a apoiar a proposta da Comissão [Europeia] e a trabalharmos juntos para que seja possível termos em julho a aprovação de um programa de recuperação que responda com urgência às necessidades de recuperação económica, da proteção do emprego e termos rapidamente estas ferramentas essenciais para que possamos responder às necessidades dos nossos cidadãos e da economia europeia", concluiu Costa.

No mesmo sentido, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchéz reforçou: "O mês de julho é o mês para se chegar a um acordo na Europa. A união, a unidade, pode salvar muitas vidas, empregos e salvar o projeto europeu" face a "uma crise sem precedentes".

O próximo Conselho Europeu, agendado para os próximos dias 17 e 18, vai debater o Quadro Financeiro Plurianual (2021/2027) e o fundo de recuperação económica e social - programa este que envolve 750 mil milhões de euros para fazer face às consequências sociais e económicas da pandemia.

[Notícia em atualização]

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