Esta análise foi transmitida aos jornalistas pelo vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Batista Leite no final da décima e última série de reuniões com epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, representantes dos partidos e dos parceiros sociais.
Ricardo Batista Leite começou por referir que o presidente do PSD, Rui Rio, participou na reunião por videoconferência e falou a seguir nas dificuldades que se estão a colocar ao setor do turismo, em particular no Algarve.
"Se falharmos na resposta de Lisboa, estaremos a falhar ao país. Quando olhamos para o número de surtos fora da região de Lisboa, percebemos que neste momento são 48, quando há duas semanas eram apenas 12", advertiu.
Neste contexto, o deputado do PSD apontou que se regista um aumento do número de internamentos e da mortalidade.
"O que vimos de mais positivo da reunião foi uma aparente estabilização dos números na região de Lisboa - uma estabilização que os especialistas alertam que apenas ocorreu nos últimos dias, razão pela qual se impõe prudência. Onde não se verifica uma inversão é, de facto, no concelho de Sintra, onde há uma estabilização em vez de uma descida", destacou.
No caso do concelho de Lisboa, Ricardo Batista Leite falou "num aumento do número de casos" da covid-19, "apesar da tendência aparente de decréscimo depois de declarado o estado de calamidade em Loures, Odivelas e Amadora".
"Também de verifica um aumento da procura de consultas de cuidados de saúde primários por causa da covid-19. Portanto, estamos perante um conjunto de indicadores que nos dizem que temos de estar muito atentos e com uma ação muito dirigida", defendeu.
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD considerou depois positivos os elementos relativamente à identificação das pessoas infetadas e suspeitas.
"Atualmente, todos os inquéritos epidemiológicos são feitos em 24 horas. Isso é determinante para que se consiga controlar a epidemia, garantir que as pessoas infetadas e as que estiveram em contacto com elas sejam isoladas. Deram-nos garantias de que o isolamento está a ser feito, embora haja relatos de quem nem sempre isso está a funcionar de forma adequada", acrescentou.