Extrema-direita? "Falam de ordem, mas são os responsáveis por desordem"

O secretário-geral do Partido Socialista defendeu que "o que é verdadeiramente importante" é "focar a atenção onde estavam milhares e milhares de famílias" a celebrar o 25 de Abril de 1974.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
26/04/2025 16:39 ‧ há 7 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Pedro Nuno Santos

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, defendeu, este sábado, que as celebrações do 51.º aniversário do 25 de Abril de 1974 foram "um dia bonito" em que milhares de portugueses "saíram à rua para celebrar a liberdade" e alertou que "não devemos levar tão a sério a extrema-direita".

 

"Dividiram a imagem entre um evento que juntou nem meia centena de pessoas e outro que tinha milhares e milhares. Ontem foi um dia bonito, foi um dia de festa, em que os portugueses saíram à rua para celebrar a liberdade, a democracia e as conquistas de Abril", afirmou Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas, em Lisboa, referindo-se às manifestações de extrema-direita e o tradicional desfile na Avenida da Liberdade.

O socialista defendeu que "o que é verdadeiramente importante" é "focar a atenção onde estavam milhares e milhares de famílias" porque "era aí que estava a alegria de um país e de um povo que olha para o 25 de Abril ainda como um sonho".

"No que diz respeito à extrema-direita, a mim só me ocorre dizer que eles falam muito da ordem, mas são os primeiros responsáveis pela desordem. Não devemos levar tão a sério a extrema-direita", destacou, frisando que "verdadeiramente importante foi o dia de alegria que se viveu ontem".

Perante a insistência dos jornalistas sobre esta questão dos incidentes à margem do desfile do 25 de Abril, em Lisboa, Pedro Nuno Santos sustentou que, do ponto de vista político, "se alguém combate a extrema-direita, são os partidos que estavam a descer à Avenida da Liberdade".

"Não há nenhuma proximidade entre qualquer um dos partidos que desceram a Avenida da Liberdade e a extrema-direita. Somos mesmo nós que combatemos a extrema-direita e tudo aquilo que eles representam", defendeu.

Depois desta demarcação entre as forças de esquerda e a extrema-direita, o secretário-geral do PS reiterou as suas críticas a algumas das televisões.

"Não deviam estar a dividir a imagem metade para 50 desordeiros e a outra metade para milhares - milhares de famílias que estavam a descer a Avenida da Liberdade. Portanto, não é o PS, com certeza, que protege, ignora ou fecha os olhos à extrema-direita. A história do PS é uma história de luta contra quem não gosta da democracia, contra quem não celebra a democracia", afirmou.

Pedro Nuno Santos contrapôs, a seguir, que na sexta-feira, dia 25 de Abril, se viveu um dia "bonito".

Para o secretário-geral do PS, o dia 25 de Abril é mesmo "um dos dias mais bonitos da História, onde os portugueses, felizmente, todos os anos, festejam com alegria".

Sublinhe-se que três pessoas - incluindo o presidente do Ergue-te, Rui Fonseca e Castro, e o líder do movimento de extrema-direita, Mário Machado - foram detidas durante uma concentração não autorizada no Largo de São Domingos, entre o Rossio e o Martim Moniz, no centro de Lisboa.

25 de Abril. Dois polícias feridos e três detidos em 'manif' em Lisboa

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Dois polícias sofreram "ferimentos ligeiros" e tiveram de receber tratamento hospitalar por "algumas escoriações". Entre os três detidos estão Rui Fonseca e Castro e Mário Machado.

Notícias ao Minuto com Lusa | 19:43 - 25/04/2025

A concentração culminou em confrontos com manifestantes antifascistas, e segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP), foi identificado "um suspeito da prática de ofensas à integridade física" e quatro pessoas "por suspeita de envolvimento nos distúrbios".

"Lamentavelmente, dois polícias ficaram feridos, um com um ferimento no nariz e outro ferido na mão", detalhou a força de segurança.

Em conferência de imprensa ao final da tarde de sexta-feira, o comandante da 1.ª Divisão Policial do Comando Metropolitano de Lisboa, Iúri Rodrigues, revelou que as autoridades estavam ainda a analisar "as imagens que foram recolhidas pelos órgãos de comunicação social para tentar identificar mais indivíduos que estiveram envolvidos nas agressões".

Questionado se houve registo de civis feridos, Iúri Rodrigues disse que a PSP tem indicação de "uma pessoa que foi identificada como vítima e que se deslocou à esquadra para apresentar queixa".

[Notícia atualizada às 16h43]

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