PCP e PEV esperam que reuniões do Infarmed regressem
PCP e PEV destacaram hoje uma "tendência de estabilização" da evolução da pandemia e lamentaram o fim das reuniões com epidemiologistas, destacando a sua importância para a tomada de decisão política.
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Política Infarmed
No final da décima e última reunião com epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa, Jorge Pires, da comissão política do PCP, admitiu que a decisão tenha tido por base a opinião do presidente do PSD, Rui Rio, que na semana passada considerou que aquelas sessões começavam a "ter pouca utilidade".
Saudando os técnicos e especialistas que "prestaram um grande serviço" ao longo destes meses, o dirigente comunista contrapôs que as reuniões "tiveram uma importância extraordinária", frisando que "o conhecimento científico é fundamental" para a tomada de decisão política e afirmou esperar que possam regressar.
"É importante retomar mesmo que seja mais à frente, se não for assim só ficamos com informação que nos é dada na Assembleia da República ou pela comunicação social com todos os inconvenientes que isso traz", considerou.
No mesmo sentido, Dulce Arrojado, do PEV, sublinhou a "importância das reuniões" que, defendeu, "deviam continuar" para que seja possível aos responsáveis políticos tomar as decisões com base nos dados técnicos e sistemáticos.
Sobre os dados que hoje foram transmitidos no Infarmed, Dulce Arrojado, tal como Jorge Pires, disse que se verifica uma tendência de estabilização dos casos e frisou que o atual momento exige que não se baixe a guarda, advertindo que nos locais de trabalho devem ser asseguradas todas as condições de higiene e segurança.
O dirigente comunista refutou por seu lado a "diabolização da estrutura de saúde pública" por parte de pessoas "com responsabilidades partidárias", frisando que a situação daquela estrutura, considerada "há muitos anos o parente pobre do Serviço Nacional de Saúde", não é de agora.
Jorge Pires desafiou os mesmos responsáveis partidários a aprovar, no parlamento, propostas do PCP para o reforço daquela estrutura, declarando que "não basta vir dizer mal" e depois votar contra medidas concretas.
Quanto à situação de Lisboa e Vale do Tejo, Jorge Pires frisou que os dados demonstram que "é abusivo" dizer que "há um problema" em toda a Área Metropolitana de Lisboa, considerando que "o problema está concentrado em cinco dos 50 concelhos" e que "mesmo assim há uma tendência de estabilização".
A décima e última série de reuniões com epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa, contou sempre com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, representantes dos partidos e dos parceiros sociais, além do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
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