Em resposta aos jornalistas, na Assembleia da República, Rui Rio atribuiu "alguma gravidade" a esta situação, observando que "já não bastava a questão do Reino Unido, para agora ser alargado a outros países".
Segundo o presidente do PSD, o problema coloca-se sobretudo "em termos de comunicação" e Portugal não está a conseguir mostrar que "não é um país de tanto risco como estão os outros a dizer" e que a epidemia de covid-19, embora "estando no território todo, está muito concentrada aqui na região de Lisboa e Vale do Tejo".
"O que está a falhar, seguramente, é no Governo, neste aspeto, porque agora estamos só no domínio da comunicação e da ligação com os outros países, e está a falhar em minha opinião, no quadro do Governo, muito a diplomacia portuguesa. Isto parece-me evidente. Isto é grave", afirmou.
De acordo com Rui Rio, há que "explicar, por exemplo, que o Algarve não tem os mesmos problemas que agora tem aqui esta região" e assim talvez "as restrições fossem diferentes".
"Estamos naturalmente preocupados com isso, eu estou preocupado com isso. A Madeira é um problema, mas sempre tem voos, e vamos lá ver. Agora, o Algarve é uma situação complicada", acrescentou.
Durante estas declarações aos jornalistas, o presidente do PSD foi também questionado sobre o anúncio feito na quinta-feira pelo ministro de Estado e das Finanças de que o Governo irá rever a sua estimativa de défice de 6,3% para um valor próximo dos 7% para acomodar as alterações ao Orçamento do Estado Suplementar para 2020 aprovadas pelo parlamento durante a votação na especialidade.
Rui Rio limitou-se a reiterar a posição já assumida pelo PSD no parlamento de que "o défice previsto para 2020 no Orçamento Suplementar muito dificilmente será cumprido", acrescentando que o seu valor é "difícil de prever".