PSD pede explicações ao Governo dos Açores sobre operação da Ryanair
O PSD/Terceira reivindicou hoje explicações do Governo Regional dos Açores sobre a continuidade das ligações aéreas da Ryanair entre o continente português e aquela ilha, alegando que o seu fim terá impactos na economia da ilha.
© Reuters
Política Ryanair
"Fomos recentemente confrontados com notícias do alegado fim da operação da única companhia 'low-cost' que voa para a Terceira, a partir de janeiro de 2021. E, no presente momento, com o interregno da única ligação direta existente com o Porto entre 29 de agosto e 26 de outubro deste ano", justificou o vice-presidente da Comissão Política da Ilha Terceira do PSD, Rui Espínola, citado em comunicado de imprensa.
Os sociais-democratas da ilha Terceira querem que o executivo açoriano explique se as ligações aérea da Ryanair se vão manter em 2021 e que revele "o que está a fazer nesse sentido".
Segundo Rui Espínola, o fim das ligações áreas da Ryanair será "um enorme retrocesso nas acessibilidades aéreas à ilha Terceira" e provocará "um aumento do custo das passagens aéreas e dos tempos de viagem para o continente, devido às escalas, representando uma enorme machadada na economia local".
"Ao nível do turismo e da restauração, essa será uma enorme deceção e perda de confiança para todos os empresários que investiram naquelas áreas, assim como para todos os terceirenses, que finalmente desfrutavam de maiores e melhores acessibilidades aéreas", frisou.
O dirigente social-democrata defendeu que o início da operação da Ryanair provocou "um aumento considerável nas expectativas dos empresários ligados ao setor do turismo", que levou a um crescimento do investimento privado "para fazer face à expectável procura originada".
"Essa revolução nas acessibilidades aéreas de e para os Açores só foi possível a partir de 2015, por via da liberalização do espaço aéreo da região, levada a cabo por um governo de maioria PSD/CDS", sublinhou, alegando que os terceirenses se sentem "enganados" e "traídos"
Rui Espínola considerou ainda que o fim das ligações áreas da Ryanair fere os princípios emanados na declaração conjunta assinada entre o Governo da República e o Governo Regional em 2016, "onde é bem clara a promoção de novas ligações aéreas semanais à Terceira, através de operações 'low-cost', com duas frequências semanais a partir do Porto e quatro de Lisboa".
Questionada no final de julho pela agência Lusa sobre eventuais cortes de ligações de e para a Terceira, fonte oficial da Ryanair respondeu: "Como resultado da atual pandemia provocada pela covid-19 e das numerosas restrições de viagem impostas pelos governos, estamos atualmente a rever os nossos horários de inverno 2020".
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