Segunda vaga? "Vai ser difícil, não há desculpa para não prevenir já"
Catarina Martins comentou, esta quinta-feira, os números do desemprego no país, alertando que devemos prevenir uma eventual segunda vaga da pandemia, que terá também impacto no emprego.
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Política Desemprego
O número de desempregados inscritos no IEFP supera agora os 407 mil, valor que traduz um aumento de 0,2% face ao mês anterior. Estes números "não são infelizmente uma surpresa. Sabíamos que iamos ser confrontados com um desemprego a crescer pela crise económica que estamos a viver", vincou a coordenadora do Bloco de Esquerda.
À margem da visita ao Centro de Apoio à Terceira Idade em Matosinhos, Catarina Martins teceu duras críticas ao Governo, apontando falhas nas políticas de proteção do emprego adotadas durante a pandemia.
O Bloco de Esquerda, reiterou, tem dito "que o país se deve preparar para uma segunda vaga, que é de saúde, de crise económica e social. Defendemos desde o início que os apoios à economia deviam ser mais fortes na proteção do emprego e do salário".
Estes apoios "não tiveram, infelizmente, a força que era necessária. Consideramos que o país deve ter mecanismos mais fortes para apoiar quem perdeu o emprego, o seu rendimento. A responsabilidade é não deixar ninguém para trás".
Considerando a eventual segunda vaga do surto do novo coronavírus e o impacto que poderá ter no desemprego, "sabemos que vai ser difícil, não há desculpa para não prevenir já", insistiu.
Já em relação aos lares e às polémicas em que têm estado envolvidos nos últimos dias, Catarina Martins foi perentória ao defender que, "se queremos prevenir tragédias, temos de atuar já".
O Bloco de Esquerda é "crítico" quanto à forma como "o setor dos cuidados tem sido esquecido. Estamos a preparar e a apresentar propostas. O Estado tem de ter capacidade de respostas para quem precisa".
O domínio dos cuidados domiciliários carece igualmente de resposta e, no entendimento da líder partidária, "há todo um investimento para fazer". Mas, no imediato, "para impedir mais tragédias, é preciso testar toda a gente, como foi feito com as creches".
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