Nas próximas eleições regionais, sete forças políticas apresentam-se a votos pelo círculo eleitoral das Flores, sendo o PAN a única sem assento atual no parlamento dos Açores que concorre pela ilha.
O PS tem como cabeça de lista José Eduardo, professor, e o PSD volta a apresentar o nome de Bruno Belo, técnico superior, enquanto o CDS-PP conta com Fábio Alves, engenheiro civil, no topo da lista.
Na ilha que elegeu o único deputado comunista da última legislatura, a CDU sugere, este ano, Luísa Corvelo, professora. Já a lista do Bloco de Esquerda é encabeçada por Maria Isabel Tenente, agricultora, a do PPM por Gustavo Alves, marinheiro da marinha mercante, e o PAN apresenta Lúcia Silva, técnica superior.
Nas últimas regionais de 2016, a CDU foi a força partidária mais votada nas Flores (32,5%), seguida do PS (23,7%) e do PSD (21%).
Fruto dos resultados de 2016, a CDU elegeu João Corvelo, o PS Manuel Pereira e o PSD Bruno Belo para a atual legislatura no parlamento açoriano.
Nas Flores votam nestas eleições 3.119 pessoas, menos 68 do que há quatro anos.
Segundo dados da Pordata, referentes a 2019, a ilha das Flores é a segunda ilha do arquipélago com o índice de envelhecimento mais elevado (apenas superado por São Jorge), tendo 159 idosos por cada 100 jovens, estando acima da média regional.
Em 2019, as Flores registaram 31 nascimentos, sendo que apenas a ilha do Corvo registou menos nascimentos (apenas um).
As Flores registam uma taxa de 19% de idosos em relação ao total da população (a terceira taxa mais alta do arquipélago), quatro pontos percentuais acima da média regional.
Em 2016, a ilha das Flores registava uma população de 3.696 pessoas, enquanto em 2019 esse número caiu para 3.628.
Segundo o Serviço Regional de Estatística, no ano 2000 viviam 4.017 pessoas na ilha das Flores.
Dividida pelos concelhos de Santa Cruz e da Fajã, as Flores são conhecidas pelas suas várias cascatas, sendo que a ilha pertence, desde 2009, à rede mundial de reservas da biosfera da UNESCO.
Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).
O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.
O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.
Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.
