O primeiro partido a ser recebido pelo representante da República no Solar da Madre de Deus, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, será o PAN, às 10h00 (hora local, 11h00 em Lisboa), seguindo-se o Iniciativa Liberal, às 11h00, e o PPM, às 12h00.
À tarde serão recebidos os representantes do BE, às 14h30, do Chega, às 15h30, e do CDS-PP, às 16h30.
No sábado, Pedro Catarino ouvirá os dirigentes dos dois partidos mais votados na eleições de 25 de outubro, o PSD, às 10h00, e o PS, às 17h00.
De acordo com os dados oficiais, publicados na quarta-feira em Diário da República, o PS obteve 40.703 votos (correspondentes a 40,65% e a 25 mandatos no parlamento regional, perdendo a maioria absoluta), o PSD 35.094 (35,05%, 21 mandatos) e o CDS-PP 5.739, ou seja, 5,73% e três mandatos (o partido integrou ainda uma coligação com o PPM no Corvo que conseguiu eleger um deputado monárquico).
O Chega foi a quarta força mais votada, com 5.262 votos (5,26%, dois mandatos), seguindo-se o BE, com 3.962 (3,96%, dois mandatos), o PPM, com 2.415 (2,41%, um mandato, a que se soma o deputado eleito em coligação com o CDS-PP), a Iniciativa Liberal, com 2.012 (2,01%, um mandato), e o PAN, com 2.005 (2%, um mandato).
Já sem conseguir mandatos para a assembleia legislativa, a coligação PCP-PEV (CDU) obteve 1.741 votos (1,74% dos votos validamente expressos), o Aliança 422 (0,42%), o Livre 362 (0,36%), o MPT 157 (0,16%) e o PCTP/MRPP 144 (0,14%).
A coligação PPM/CDS-PP conseguiu no Corvo 115 votos (0,11% do total de votos validamente expressos).
Com estes resultados, o PS perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos na região e esta semana PSD, CDS-PP e PPM anunciaram uma "proposta de governação profundamente autonómica", um "governo dos Açores para os Açores" e com "total respeito e compreensão pela pluralidade representativa do povo".
Decorrem ainda negociações entre os partidos de direita para garantir o apoio parlamentar a esta coligação, já que PSD, CDS-PP e PPM juntos somam 26 deputados, quando para uma maioria absoluta são necessários 29 parlamentares.
A lei indica que o representante da República no arquipélago nomeará o novo presidente do Governo Regional "ouvidos os partidos políticos" representados no novo parlamento açoriano.