Ribeiro Telles: Arquiteto partiu mas pensamento ecologista perdurará

O Livre lamentou hoje a morte do arquiteto e fundador do PPM Gonçalo Ribeiro Telles, acreditando que "o seu pensamento ecologista perdurará" e que a luta por um meio ambiente mais sustentável deixa "inúmeros herdeiros".

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© YouTube/Laboratório de Investigação da Consciência

Lusa
11/11/2020 18:00 ‧ 11/11/2020 por Lusa

Política

Ribeiro Telles

"Ribeiro Telles partiu mas o seu pensamento ecologista perdurará", pode ler-se na nota de pesar do Livre, enviada às redações

Destacando o seu percurso enquanto "figura pioneira do movimento ecologista em Portugal", o partido da papoila lembrou que "Ribeiro Telles ajudou a escrever com Fernando Santos Pessoa e outras figuras" o nº1 do artigo 66 da Constituição Portuguesa, que estabelece que "todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender".

"Ribeiro Telles partiu mas o seu pensamento, bem ilustrado neste artigo da Constituição, perdurará, e a sua luta por um meio ambiente mais sustentável e equilibrado deixa inúmeros herdeiros em Portugal", adiantaram. 

O partido recordou ainda a "importância que a criação da Reserva Ecológica Nacional (REN) e da Reserva Agrícola Nacional (RAN) tiveram para a modernização do ordenamento do território, em Portugal, lamentando a forma como estes importantes instrumentos foram sendo desconstruídos em governos posteriores". 

Gonçalo Pereira Ribeiro Telles, figura pioneira da arquitetura paisagista em Portugal, morreu hoje à tarde, na sua casa, em Lisboa, aos 98 anos, disse à Lusa fonte próxima da família.

Nascido em 25 de maio de 1922, em Lisboa, Gonçalo Ribeiro Telles idealizou os chamados "corredores verdes" da capital e concebeu os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, em conjunto com o arquiteto António Viana Barreto.

Figura tutelar da defesa da ecologia para fundamentar a intervenção na paisagem e no território, Gonçalo Ribeiro Telles foi o responsável pelo lançamento da política de ambiente em Portugal, cuja legislação incentivou quando passou por vários cargos públicos, nomeadamente como ministro de Estado e da Qualidade de Vida, entre 1981 e 1983.

No plano político, participou nas campanhas eleitorais dos movimentos monárquicos populares e, antes do 25 de Abril, foi candidato nas listas da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD).

O Governo decidiu hoje decretar um dia de luto nacional, na quinta-feira, pela morte do arquiteto paisagista e fundador do PPM (Partido Popular Monárquico), disse à agência Lusa fonte oficial do executivo.

 

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