Governo "não tinha outra solução. A situação é gravíssima"

Manuela Ferreira Leite considerou que as medidas decretadas esta quinta-feira pelo Executivo pecam por serem tardias. A ex-governante lembrou que ver a Ordem dos Médicos e a Comissão de Ética a definirem critérios de tratamento de pacientes com Covid-19 é "um dramatismo".

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Filipa Matias Pereira
12/11/2020 23:06 ‧ 12/11/2020 por Filipa Matias Pereira

Política

Covid-19

Manuela Ferreira Leite analisou, esta quinta-feira, no seu habitual espaço de comentário na antena da TVI24, as medidas decretadas pelo Executivo de Costa na sequência de mais um Conselho de Ministros. "Ele não tinha outra solução. A situação é gravíssima", vincou.

O Governo esteve hoje reunido, ao longo de cerca de 7 horas, e decidiu 'apertar o cerco' no combate à pandemia, optando por decretar o encerramento do comércio e da restauração entre as 15h e as 8h, nos próximos fins de semana.

Questionada relativamente à pertinência das medidas, Manuela Ferreira Leite defendeu que as estratégias anunciadas por Costa no passado sábado (depois do Conselho de Ministros extraordinário) deixaram o Governo "a meio do caminho". E, no entendimento da antiga ministra das Finanças, "quando é necessário enfrentar uma decisão crítica, nada pior do que se ficar a meio do caminho".

O agravamento das medidas traduzem, como considerou a ex-governante, "um agravamento da situação, que decorre de uma falta de clareza e de perspetiva no que devia acontecer na evolução da pandemia".

Não resta, por isso, ao Executivo outra alternativa que não a adoção de medidas mais restritivas, considerando que o "Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a colapsar". A comentadora política recordou ainda que, "quando começamos a ver a Ordem dos Médicos e a Comissão de Ética a definirem os princípios que deverão ser seguidos perante as pessoas que chegam ao hospital, é de um dramatismo que não tem palavras".

Considerando, por fim, que este agravamento peca por ser tardio, a social-democrata espera que "não seja necessário fazer pior, isto é, ir ao confinamento total".

Recorde-se que o Governo atualizou também a lista de concelhos em Estado de Emergência, sendo que saem sete e entram 77. Consulte aqui a listagem atualizada

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