"Precisamos de medidas para aguentar. Essas medidas não existem"
Catarina Martins esteve reunida, esta segunda-feira, com a AHRESP.
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Política Covid-19
Catarina Martins esteve reunida, na manhã desta segunda-feira, com a AHRESP para se inteirar das dificuldades e medidas de apoio ao setor da restauração.
No final do encontro, que aconteceu na sede do partido, em Lisboa, a líder do Bloco de Esquerda (BE) acusou o Governo de ter apenas medidas para o "futuro" e não para o presente do setor da restauração, e que isso levará ao encerramento de muitas empresas e ao desemprego de milhares de pessoas.
"O Governo continua a considerar medidas apenas para a recuperação e nós precisamos de medidas para aguentar. Aguentar emprego, aguentar as empresas. Essas medidas não existem", salientou a bloquista, expressando a sua preocupação com um setor que "está paralisado a 100%, em parte, como as discotecas, e a 50% em restaurantes, cafés, etc".
Para Catarina Martins, o setor precisa de uma "redução fiscal para já e não apenas para o futuro" porque está há mais de 9 meses com perdas e há muitas empresas que nem a 2021 chegarão para receber os apoios que constam no Orçamento de Estado para 2021 (OE2021).
"É preciso que as medidas sejam para já e não para o futuro. Medidas anunciadas no OE2021, como o IVAucher, são medidas de recuperação. Tal como o ministro das Finanças já disse, esta é uma medida que só vai ser utilizada quando houver menos restrições. Ora, nós ainda estamos num período de pandemia séria. As medidas que o setor precisa agora não é para recuperar, precisamos de medidas para manter o emprego agora no setor da restauração, para proteger a continuidade da padaria, do café, do restaurante", sublinhou a parlamentar.
Entre as medidas propostas por Catarina Martins está também o apoio ao arrendamento dos espaços onde estas empresas funcionam, porque, para a bloquista, "os custos desta pandemia devem ser repartidos de forma justa".
"O Governo deve ter um programa que permita reduzir as rendas tendo em conta a redução da faturação e também criar apoios a senhorios, nos casos em que seja necessário. Não podemos pedir a este setor que pague rendas a 100%", defendeu.
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