CDS critica medidas do Governo que demonstra "um desnorte total"

CDS foi recebido esta quarta-feira por Marcelo Rebelo de Sousa. À saída, Filipe Lobo D'Ávila disse que o partido quer conhecer as medias que o Governo propõe na renovação do Estado de Emergência para tomar uma posição.

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Notícias Ao Minuto
18/11/2020 12:17 ‧ 18/11/2020 por Notícias Ao Minuto

Política

Pandemia

Reconhecendo que a evolução da pandemia é preocupante, o CDS disse, à saída do encontro com o Presidente Marcelo esta quarta-feira em Belém, que terá de saber quais são as medidas que o Governo propõe para a renovação do Estado de Emergência para "tomar uma posição" sobre a votação dos centristas. 

"Não podemos sufragar, apoiar, votar favoravelmente medidas sem as conhecer. É evidente que o país está numa situação de Emergência, mas é importante que o Governo diga ao que vai" do ponto de vista da saúde pública, da economia e do apoio às famílias", afirmou o centrista Filipe Lobo D'Ávila.

"O CDS fala na criação de um mapa de risco, em função do efeito de contágio, há um mês", lembrou Filipe Lobo D'Ávila quando questionado sobre a possibilidade de o Governo dividir o país em três níveis de infeção, medida que o Executivo estará a ponderar de acordo com aquilo que avançou ontem o Partido Ecologista Os Verdes. "Não é de hoje, nem de há 15 dias que o CDS fala na necessidade de fazer uma diferenciação nos concelhos", acrescentou. 

"Agora, o que é absolutamente bizarro e inusitado é isto acontecer na sequência de dois fins de semana em que foram aprovadas um conjunto de regras quase generalizadas". Regras essas que o CDS considera "totalmente incompreensíveis" quando o efeito em Saúde Pública é o de prevenir contactos e evitar contágios, a "verdade é que acabou por concentrar populações em determinados horários".

Para os centristas, medidas como esta, o recolher obrigatório a partir das 13h "demonstra um desnorte total" e "uma falta de estratégia que é muito preocupante". Desse ponto de vista, acrescentou Lobo D'Ávila, "saudamos o regresso a uma reunião com especialistas". "Porque de facto o Governo já demonstrou que não tem uma estratégia para responder a este momento muito sério", criticou o centrista. 

O dirigente prosseguiu abordando os "apoios manifestamente insuficientes" dados à restauração, setor que "está a passar uma situação absolutamente dramática". Sobre a capacidade de resposta do SNS para doentes Covid, o centrista realçou que a capacidade de cuidados intensivos "está praticamente atingida". Por outro lado, "temos um SNS que responde com muitas deficiências a doentes não Covid, isso é algo que é muito preocupante" e demonstra uma "total impreparação" deste Governo. 

A reunião de amanhã no Infarmed com especialistas será uma reunião "preparatória" das decisões que vão ser tomadas por parte do Governo e que, no fundo, "darão corpo e substância" ao decreto presidencial da declaração do Estado de Emergência. "A ideia com que fiquei é que o próprio Governo precisava de ouvir os especialistas, o que não deixa de ser absolutamente extraordinário", afirmou o centrista. 

O CDS, recorde-se, votou favoravelmente na presente declaração de Estado de Emergência, ao lado do PS e do PSD

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