O deputado da Iniciativa Liberal frisou, em declarações aos jornalistas depois da reunião no Infarmed sobre a evolução epidemiológica no país, que "quando se toma uma medida que reduz o contacto entre pessoas, [isso] só pode beneficiar o combate à pandemia, mas tem um impacto económico muito grande". Impacto esse que vai trazer "problemas de saúde" e de "mal-estar na sociedade, provavelmente mais graves do que aqueles que se está a resolver", apontou.
Para Cotrim de Figueiredo, "esse equilíbrio nunca foi suficientemente acautelado" porque "nunca se insistiu na pergunta: Que impacto é que isto tem, não só no número de contágios, (...) mas também que impacto tem na economia?".
Sobre o Estado de Emergência, o deputado único disse ser "difícil reverter uma decisão de votar contra", uma vez que este estado de exceção em Portugal tem sido votado como uma espécie de "cheque em branco" para tomar decisões "que não são de bom senso".
"E este último Estado de Emergência, há cerca de 10 dias, é paridgmático, porque dois ou três dias antes o senhor primeiro-ministro declarava que não haveria recolher obrigatório. E um dia depois de o decreto presidencial ter sido publicado, tivemos recolher obrigatório e limitações de circulação ao fim de semana". "Esse tipo de cheques em branco não podem existir", reforçou.
Em suma, para a Iniciativa Liberal, as "medidas de contenção são necessárias" e se for preciso do "ponto de vista legal" o Estado de Emergência, o partido será o primeiro "a defendê-lo", mas sempre com o "equilíbrio necessário para que não sejam mais gravosas para a economia do que a eficácia que têm na pandemia".