António Costa assumiu esta posição em conferência de imprensa, em São Bento, no final de uma reunião sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, depois de questionado se Marcelo Rebelo de Sousa se terá imiscuído nas competências do Governo ao receber no domingo, no Palácio de Belém, o diretor da nacional da PSP, Magina da Silva.
"Relativamente ao senhor Presidente da República, a única coisa que poderei acrescentar é que o senhor Presidente da República em regra respeita escrupulosamente aquilo que é a separação de poderes", respondeu o primeiro-ministro.
António Costa observou depois que na segunda-feira ouviu o chefe de Estado "dar uma explicação de que recebeu o diretor nacional da PSP numa cerimónia protocolar para entrega de um livro sobre o aniversário da PSP, ou algo assim do género".
"Quanto ao mais e quanto à reforma de fundo que está prevista, o Presidente da República conhece em detalhe quais são as intenções do Governo, porque já por diversas vezes, como ele já o disse - não tenho por isso nenhuma razão para não o dizer também -, ao longo destes anos, temos falado como tencionamos executar aquilo que está previsto no Programa de Governo em matéria de reforma e sobre a oportunidade para a execução dessa reforma", disse.
Neste ponto, o líder do executivo não quis adiantar dados em concreto, alegando que esta tarde o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, estará numa reunião na Assembleia da República.