"Em Portugal morre-se de frio em pleno século XXI", lembra Bloco

Coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) alerta que a pobreza enérgica é uma realidade em Portugal, país de clima ameno mas onde "uma parte significativa da população não tem capacidade financeira para manter a sua casa aquecida de forma adequada".

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Melissa Lopes
05/01/2021 19:48 ‧ 05/01/2021 por Melissa Lopes

Política

Catarina Martins

Catarina Martins lembrou, numa publicação feita nas redes sociais, que poucas pessoas podem seguir os conselhos dados aos cidadãos para combater as temperaturas baixas que se fazem sentir no país.

"A manta nos ombros a esfregar as mãos à lareira não é idílio, é quase sempre pobreza energética. Somos um país de clima ameno mas um dos países da UE onde uma parte significativa da população (18,9%, mais do dobro da média da UE - 7%) não tem capacidade financeira para manter a sua casa aquecida de forma adequada", escreveu a bloquista, reafirmando como uma "prioridade" do Bloco de Esquerda "a erradicação da pobreza energética".

"Por isso nos temos batido pela recuperação e eficiência energética do parque habitacional e pela baixa dos custos da energia. Em Portugal morre-se de frio em pleno século XXI", rematou.

Segundo a meteorologista Maria João Frada, o tempo frio vai continuar pelo menos até ao final da semana em especial nas regiões do interior norte e centro onde as temperaturas mínimas podem chegar aos seis graus negativos.

Em declarações à agência Lusa, a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) adianta que está emitido um aviso amarelo para todos os 18 distritos do continente.

"Temos avisos em todos os distritos até dia 06 (quarta-feira) com exceção do Algarve que vai ter um alívio já a partir de amanhã. É provável que em parte dos distritos se prolongue o aviso por mais tempo, até ao final da semana pelo menos nos do interior norte e centro e eu diria mesmo até ao fim de semana", disse.

De acordo com a meteorologista, esta situação deve-se ao transporte de uma massa de ar frio associada a um fluxo predominante de nordeste.

"As temperaturas estão abaixo dos valores médios para altura do ano e em alguns locais estão a contribuir para uma onda de frio, mas não é provável que na nossa rede de estações do IPMA se verifique uma onda de frio porque ela é quebrada no dia 07 [quinta-feira] em alguns locais. Não há seis dias consecutivos em que as temperaturas mínimas estejam em cinco graus abaixo da média", explicou.

Leia Também: GNR da Guarda reforça vigilância e dá conselhos aos idosos devido ao frio

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