Numa nota enviada aos jornalistas, o gabinete de comunicação da Assembleia da República anunciou que "a reunião plenária da próxima quarta-feira, dia 13 de janeiro, dedicada ao debate sobre o pedido de autorização da renovação do estado de emergência, terá início às 09h30 (e não às 15h00)".
Neste debate, com duração total de perto de uma hora, o Governo tem direito a uma intervenção de 10 minutos e os grupos parlamentares contam com cinco minutos, enquanto os deputados únicos e as deputadas não inscritas podem falar durante dois minutos.
Na quarta-feira, a conferência de líderes agendou para 13 e 27 de janeiro, de forma preventiva, os debates sobre eventuais decretos presidenciais para a prorrogação do estado de emergência em Portugal, em consequência da Covid-19.
Hoje, no final de uma audiência com o primeiro-ministro sobre um eventual agravamento das medidas de combate à pandemia, o deputado único da Iniciativa Liberal disse que o parlamento poderia deliberar mais cedo sobre a renovação do estado de emergência, face à "urgência e surpresa" com o aumento de novas infeções, que têm rondado as 10 mil diariamente.
"O que provavelmente pode vir a acontecer - aguardarei uma proposta formal do presidente da Assembleia da República - é que o plenário de quarta-feira, em vez de se realizar à tarde, se realize de manhã, para que logo na quarta à tarde se possam adotar medidas. Portanto, poderemos estar aqui a falar de uma antecipação de 24 horas no máximo, mas também isso mostra de repente a urgência e a surpresa [em relação à evolução da pandemia]", apontou João Cotrim Figueiredo aos jornalistas.
Pouco tempo depois, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, adiantou que "o Conselho de Ministros reunir-se-á imediatamente após a aprovação por parte da Assembleia da República".
"E comunicaremos e tomaremos as medidas de forma a que elas se possam aplicar o mais cedo possível", sublinhou.
Para terça-feira está agendada mais uma reunião no Infarmed, com epidemiologistas, com a evolução da disseminação do novo coronavírus em Portugal, que vai ajudar o Governo a decidir as novas medidas de combate à pandemia.
No final do Conselho de Ministros de quinta-feira, o primeiro-ministro admitiu que na próxima semana o Governo poderá tomar medidas mais restritivas para fazer face ao aumento de contágios.