Presidenciais. Campanha arrancou mas apenas 4 candidatos estiveram na rua

A campanha oficial para as eleições presidenciais de 24 de janeiro arrancou hoje e decorre até dia 22, muito limitada devido à pandemia de covid-19, mas apenas quatro dos sete candidatos realizaram iniciativas.

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Lusa
10/01/2021 20:02 ‧ 10/01/2021 por Lusa

Política

Presidenciais

O atual Presidente da República, e candidato, Marcelo Rebelo de Sousa, não teve agenda de campanha hoje, e assim continuará até dia 18, por estar em vigilância depois de ter tido um contacto com um elemento da sua Casa Civil infetado com o novo coronavírus.

A militante socialista Ana Gomes cancelou as ações previstas para hoje no distrito de Setúbal "face ao agravamento da situação sanitária". Numa nota enviada aos jornalistas no domingo, a sua candidatura adiantou também que "todas as ações no terreno planeadas até ao final da campanha ficarão dependentes das novas medidas que, espera-se, serão tomadas pelo Governo".

A candidata previa começar a campanha com um contacto com pescadores e população local, seguindo-se um encontro com a direção do Centro Social, Cultural e Desportivo da Quinta do Conde e uma sessão pública no Barreiro, que deveria terminar antes da hora prevista pelo recolher obrigatório na maioria dos concelhos do país, pelas 13:00.

Também Tiago Mayan Gonçalves não participou em ações de campanha.

Marisa Matias esteve em Loures (distrito de Lisboa), onde se reuniu com algumas das antigas trabalhadoras da Triumph, para colocar na agenda uma das suas bandeiras, a necessidade de rever a legislação laboral. À tarde, participou também num comício 'online', tendo ao seu lado a coordenadora do BE, Catarina Martins.

A candidata apoiada pelo BE defendeu hoje que, dentro das limitações impostas pela pandemia e cumprindo todas as regras, não se pode "transformar campanhas em monólogos" e por isso quer continuar a ouvir as pessoas, e criticou o atual Presidente.

"Estou aqui também porque estou presente onde Marcelo Rebelo de Sousa esteve ausente, onde Marcelo Rebelo de Sousa coloca bloqueios para manter as leis da troika naquilo que são as condições de trabalho, eu quero entendimentos e entendimentos que nos permitam salvaguardar a dignidade do trabalho, combater a precariedade", salientou a eurodeputada.

Também João Ferreira - que é apoiado pelo PCP e pelo PEV - contou com o apoio do secretário-geral comunista na sua primeira iniciativa do período oficial de campanha, tendo Jerónimo de Sousa aproveitado para realçar que a candidatura presidencial do seu camarada "é distinta" e "não se confunde" com as outras, por mais de esquerda que se autoafirmem ou por mais preocupações sociais que proclamem.

Num comício no Coliseu do Porto, que recebeu cerca de um terço da lotação, João Ferreira considerou que os "problemas, bloqueios e dificuldades" que o país enfrenta são o resultado de décadas de políticas realizadas "contra a letra e o espírito" da Constituição da República.

Nas duas iniciativas que decorreram durante a manhã, João Ferreira pediu que, no dia 24 de janeiro, "ninguém falte à chamada", e Marisa Matias assegurou que "estão a ser tomadas medidas para que as pessoas possam votar sem medo".

A única ação do primeiro dia oficial de campanha presidencial do líder do Chega foi marcada por insultos ao candidato e protestos veementes por parte de cerca de 50 populares que se encontravam à porta do cineteatro de Serpa (distrito de Beja), onde decorreu o comício, a maioria de etnia cigana, comunidade que André Ventura tem visado repetidamente.

Em resposta, o candidato mandou os manifestantes "trabalhar" e apontou que não iram conseguir "fazer parar esta marcha".

No comício, André Ventura não poupou críticas a Marcelo Rebelo de Sousa, "que andou com o Governo ao colo", e ao primeiro-ministro e líder do PS, pela falta de medidas de "apoio a quem precisa neste contexto de pandemia" e de grave crise económica.

Por seu turno, Vitorino Silva arrancou a sua campanha com uma visita à Fortaleza de Peniche, no distrito de Leiria, por ser um local simbólico da luta pela democracia.

Na iniciativa, que apelidou de "o serão das pedras", o antigo autarca apanhou algumas semelhantes aquelas que mostrou a André Ventura num debate televisivo, para simbolizar a diversidade de pessoas e de cores políticas envolvidas no 25 de Abril de 1974, e frisou a importância de os portugueses se virarem mais para o mar, a "grande porta para o mundo".

O candidato conhecido como 'Tino de Rans' anunciou ainda que vai cancelar as ações da sua campanha eleitoral durante o novo confinamento devido à pandemia de covid-19, que deverá ser decretado a partir de meados da próxima semana.

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