Rui Rio sobre intervenção de Cabrita. "Quer criticar mas não sabe como"
O presidente do PSD reagiu às declarações do ministro da Administração Interna (MAI), que afirmou que a "direita parlamentar" continuava a defender a abertura dos restaurantes durante o dia todo nos fins de semana. "De facto, a alternativa não estava naquilo que dizia Rui Rio", apontou Eduardo Cabrita.
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Política Pandemia
Eduardo Cabrita respondeu esta quarta-feira às críticas das bancadas da "direita parlamentar" sobre a ação do Governo no controlo da evolução da epidemia de Covid-19 em Portugal, designadamente a partir da última semana de dezembro.
Segundo o ministro, ainda na semana passada, "a direita parlamentar continuava a defender a abertura dos restaurantes aos sábados e domingos à tarde, assim como a abertura do comércio todo o dia aos fins de semana".
"De facto, a alternativa não estava naquilo que dizia [o presidente do PSD] Rui Rio, que queria os restaurantes abertos até meio da tarde. Infelizmente, a alternativa estava entre as restrições tomadas até à semana passada ou aquelas que hoje, com o novo decreto presidenciais de estado de emergência, o Governo vai adotar em Conselho de Ministros", contrapôs.
Declaração que motivou uma resposta de Rui Rio, que se encontra a cumprir um período de isolamento depois de ter contactado com Salvador Malheiro, que testou positivo para a Covid-19.
"Onde é que o Sr. Ministro Eduardo Cabrita me ouviu falar sobre os restaurantes? Eu critiquei a concentração de pessoas nas manhãs de sábado e domingo, questionando a eficácia da medida do Governo. E acho que tenho razão. Foi mal feito. O Sr. Ministro quer criticar, mas não sabe como", escreveu no Twitter.
Onde é que o Sr. Ministro Eduardo Cabrita me ouviu falar sobre os restaurantes? Eu critiquei a concentração de pessoas nas manhãs de sábado e domingo, questionando a eficácia da medida do Governo. E acho que tenho razão. Foi mal feito. O Sr. Ministro quer criticar, mas sabe como.
— Rui Rio (@RuiRioPSD) January 13, 2021
O Parlamento aprovou esta quarta-feira o novo Estado de Emergência (o 9.º) que abre caminho ao confinamento geral, numa altura em que o país enfrenta a fase mais crítica da pandemia (quer em número de novos casos, quer em número de internamentos, quer em número de óbitos).
Com 156 mortos e novamente mais de 10 mil casos (novos máximos), o país regista hoje o pior dia da pandemia. O Governo vai anunciar durante a tarde as medidas do confinamento, que entra em vigor já amanhã, depois da reunião de Conselho de Ministros.
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