Em declarações aos jornalistas depois de ter votado ao início da tarde, em Cascais, Ana Gomes sublinhou ser "muito positivo" que "tantos cidadãos e cidadã" se tenham deslocado às urnas para ir votar.
"Foi bom ter esperado um bocadinho. É sinal de que há uma afluência e é muito importante a participação de todas e de todos. O voto é um direito mas também um dever cívico", disse, reforçando ser "muito significativo que tantos se tenham mobilizado para ir votar".
Não obstante as circunstâncias, acrescentou, "a sensação que tenho é que o exercício do voto está a ser seguro, as pessoas estão a respeitar as distâncias, e os funcionários da mesa também, garantiram que tudo tem corrido perfeitamente, com rigor, para as pessoas se poderem proteger".
Para a candidata a Belém, que votou na escola secundária de Cascais, as pessoas que se deslocam este domingo às urnas "sabem bem que o exercício do direito do voto é realmente importante". "Houve quem as quisesse desvalorizar, mas estas eleições são realmente muito importantes para o reforço da democracia e quantos mais cidadãos vierem votar mais a democracia será reforçada", defendeu.
A candidata socialista afirmou que teve "muita satisfação em fazer esta campanha", apesar das restrições por causa da pandemia. "Foi muito bom fazer esta campanha, ouvir por todo o país gente que não baixa os braços e que quer ir para a frente. Isso deu-me uma grande força e inspiração", frisou. Ana Gomes adiantou que irá passar a tarde com o grupo de estratégia que a apoiou nesta corrida a Belém, sendo que, com alguns, irá fazê-lo não presencialmente.
A militante do PS lamentou, tal como foi alertando ao longo da campanha, que hoje "muitas pessoas que quereriam votar não poderão" fazê-lo, questionando porque não se encontraram alternativas atempadamente, como o voto eletrónico.
"Uns porque estão doentes, outros em isolamento profilático. Tenho particular pena que muitos dos nossos emigrantes não tenham podido votar e só não votaram porque não se legislou a tempo e horas", disse.
Portugal elege hoje o 20.º Presidente da República e o sexto em democracia. Para o sufrágio estão inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016.
A afluência às urnas nestas Presidenciais situava-se, até às 12h00 nos 17,07%, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Nas anteriores, a 24 de janeiro de 2016, e à mesma hora, a afluência às urnas foi de 15,82%.
Para o sufrágio de hoje estão inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016, que são chamados a escolher o próximo Presidente da República, que irá suceder a Marcelo Rebelo de Sousa, existindo sete candidatos ao cargo.
Se um dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos será eleito já hoje chefe de Estado, mas caso contrário haverá uma segunda volta, a 14 de fevereiro, com os dois concorrentes mais votados.
Os sete candidatos aparecem no boletim de voto pela seguinte ordem: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).