"O nível de participação verificado neste ato eleitoral desmente cenários catastrofistas (...), que foram, enfim, adiantados ao longo do tempo e que procuravam aproveitar o contexto existente para defender una espécie de estado de exceção e a revisão da Constituição", disse o membro da Comissão Política do PCP Rui Fernandes, pouco depois de conhecidas as projeções das televisões que apontam para uma abstenção nas presidenciais entre 50% e 60%.
Rui Fernandes acrescentou que há "elementos muito díspares no que respeita ao grau de abstenção", mas já é possível "dizer que se situará num aumento à volta dos 5%".
A taxa de abstenção nas eleições presidenciais de hoje deverá ficar entre os 50 por cento e os 60 por cento, de acordo com as previsões avançadas às 19:00 por pelas televisões.
A sondagem da Universidade Católica para a RTP dá uma taxa de abstenção entre os 50% e os 55%, a projeção da TVI antecipa uma taxa de abstenção entre os 54,5% e os 58,5% e as previsões do ISCTE-ICS para a SIC apontam para um intervalo entre os 56% e os 60%.
A projeção da CMTV antecipa números entre os 54% a 58%.
Para a décima eleição do Presidente da República, desde a instauração da democracia em 25 de Abril de 1974, estavam inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que no sufrágio anterior, em 2016.
Foram sete os candidatos ao Palácio de Belém: Além do atual Presidente e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiado pelo PSD e CDS-PP, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e antiga eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre).