"Quero lamentar os números da abstenção, uma das maiores que tivemos até agora, mas que se compreende face à pandemia que estamos a viver e ao confinamento", disse, após saudar "todos os portugueses que foram votar".
O concorrente ao Palácio de Belém, André Ventura, mostrou-se "tranquilo e confiante", à entrada para o hotel lisboeta de quatro estrelas onde vai acompanhar a divulgação dos resultados, e previu uma "uma noite longa".
Hoje, afluência às urnas até às 16:00 foi de 35,4%, a segunda mais baixa desde as eleições de 2006, ano em que este número passou a ser divulgado pela administração eleitoral. Este valor só foi inferior em eleições presidenciais em 2011, quando a afluência às 16:00 foi de 35,1%, e é 2,3 pontos percentuais abaixo das eleições de há cinco anos.
Segundo projeções das televisões, a taxa de abstenção deverá ficar hoje entre os 50% e os 60%.
A sondagem da Universidade Católica para a RTP dá uma taxa de abstenção entre os 50% e os 55%, a projeção da TVI antecipa uma taxa de abstenção entre os 54,5% e os 58,5% e as previsões do ISCTE-ICS para a SIC apontam para um intervalo entre os 56% e os 60%.
A projeção da CMTV antecipa números entre os 54% a 58%.
Para o sufrágio estão inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016.
Além de Ventura, os restantes seis candidatos ao Palácio de Belém são: a eurodeputada e dirigente do BE Marisa Matias, o incumbente Marcelo Rebelo de Sousa (apoiado oficialmente por PSD e CDS/PP), o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan, Vitorino Silva, o calceteiro e ex-autarca socialista conhecido por "Tino de Rans" (presidente do Reagir, Incluir, Reciclar), o eurodeputado e dirigente comunista João Ferreira (PCP e PEV) e a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre).