Candidatura de Marisa sobre abstenção: Piores cenários não se confirmaram

O mandatário nacional da candidatura de Marisa Matias, Tiago Rodrigues, registou hoje que as piores previsões de abstenção não se confirmaram, mas afirmou que qualquer número elevado de pessoas que não votam "é preocupante para a saúde da democracia".

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Lusa
24/01/2021 19:33 ‧ 24/01/2021 por Lusa

Política

Presidenciais

 

Tiago Rodrigues falou do púlpito do Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, para uma "primeira reação" às projeções das televisões sobre "a adesão e abstenção a estas eleições" presidenciais.

"Queremos registar que as piores previsões não se confirmaram, sobretudo neste contexto de pandemia e num contexto em que muitas pessoas, por se encontrarem em isolamento, se viram privadas de votar", enalteceu.

No entanto, o mandatário nacional da candidata a Belém apoiada pelo BE fez questão de sublinhar que "qualquer número elevado de abstenção, nomeadamente acima dos 50%, é preocupante para a saúde da democracia e deve ser combatido".

"Parece-me importantíssimo registar o enorme esforço de milhares de pessoas que em todo o país permitiram que esta eleição acontecesse", enfatizou ainda.

Tiago Rodrigues elogiou quem trabalhou "numa eleição dificílima organizar", tendo garantido que "as pessoas pudessem votar em segurança", ou seja, "viver a democracia em segurança" em plena pandemia.

No final da curta intervenção, de menos de dois minutos, ouviram-se as primeiras palmas da noite para um homem mais habituado a encenar peças para ir a palco do que a discursar desse mesmo palco, já que é diretor do Teatro Nacional D. Maria II.

A contingência devido à pandemia resultou também num pavilhão onde praticamente só estão equipas técnicas, jornalistas e o núcleo político do BE mais restrito e não dezenas de apoiantes, como acontece habitualmente nas noites eleitorais.

Marisa Matias chegou ao Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, quartel-general para a noite eleitoral perto das 19:00, acompanhada pela coordenadora do BE, Catarina Martins, e pela deputada e dirigente, Mariana Mortágua, tendo apenas cumprimentado as equipas técnicas, comunicação social e intérpretes de língua gestual, subindo depois as escadas até uma sala no primeiro andar onde acompanhará os resultados, longe do olhar dos jornalistas.

No quartel-general em Coimbra estão ainda presentes o líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, e os dirigentes Luís Fazenda, José Gusmão, Joana Mortágua ou Fabian Figueiredo, membros do secretariado nacional do BE.

O pavilhão escolhido tem uma carga simbólica para a bloquista, uma vez que foi neste local que, na campanha de 2016, discursou o antigo coordenador João Semedo, que morreu dois anos depois -- depois de um ano sem qualquer discurso público devido a um cancro nas cordas vocais que lhe chegou a retirar a voz.

João Semedo surpreendeu então a própria Marisa Matias ao subir ao palco para uma intervenção que emocionou muitos dos presentes, mas que começou com humor: "só mesmo a Marisa é que punha a falar aqui um tipo sem cordas vocais".

A taxa de abstenção nas eleições presidenciais de hoje deverá ficar entre os 50 por cento e os 60 por cento, de acordo com as previsões avançadas às 19:00 pelas televisões.

A sondagem da Universidade Católica para a RTP dá uma taxa de abstenção entre os 50% e os 55%, enquanto a projeção da TVI antecipa uma taxa de abstenção entre os 54,5% e os 58,5%.

As previsões do ISCTE-ICS para a SIC apontam para um intervalo entre os 56% e os 60% e a projeção da CMTV antecipa números entre os 54% a 58%.

 

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