BE pede esclarecimentos sobre demissão e rapidez no processso vacinação

O BE considerou hoje que, além dos esclarecimentos sobre a demissão de Francisco Ramos, é necessário garantir que a vacinação contra a Covid-19 continua, com critérios claros e penalização para qualquer abuso, pedindo maior rapidez no processo.

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© Blas Manuel/Notícias ao Minuto

Lusa
03/02/2021 19:59 ‧ 03/02/2021 por Lusa

Política

Coronavírus

O coordenador da 'task force' para o Plano de Vacinação contra a covid-19 em Portugal, Francisco Ramos, demitiu-se do cargo, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

Numa primeira reação a esta demissão no parlamento, o deputado do BE Moisés Ferreira começou por defender que é preciso que o ex-coordenador e o Ministério da Saúde "ainda venham esclarecer essa situação, o porquê dessa demissão, o que é que vai acontecer agora à task force, a sua composição e o seu funcionamento".

No entanto, "independentemente destes esclarecimentos, que são devidos", para o BE, é preciso garantir, em primeiro lugar, que "a vacinação continua, que os critérios são claros, que são respeitados e que qualquer abuso que exista seja penalizado".

"Qualquer abuso que exista não pode colocar em causa aquilo que tem sido o processo de vacinação e aquilo que tem sido o trabalho dos próprios profissionais de saúde", defendeu.

Na perspetiva do deputado bloquista, neste momento está a entrar-se numa fase "mais exigente do processo de vacinação", uma vez que há "mais população a vacinar e os profissionais de saúde - que já têm dado tanto ao país - vão ser chamados agora a um esforço adicional".

"O segundo ponto é que nós precisamos de maior rapidez, de maior celeridade no processo de vacinação", defendeu.

Para Moisés Ferreira, "o facto de a indústria farmacêutica não estar a cumprir com os seus compromissos está a fazer com que o processo seja mais lento".

"Parece-nos que é importante que o Governo, o Ministério da Saúde tenha uma voz em Portugal e na Europa que diga o seguinte: as vacinas foram altamente subsidiadas por dinheiro público, as vacinas são um bem público e, portanto, é preciso fazer o levantamento das patentes para que os vários laboratórios, que possam fazer produção, façam produção descentralizada das vacinas", apontou.

Questionado sobre a possibilidade, avançada em alguns órgãos de comunicação social, de que o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo deverá ser o novo coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, Moisés Ferreira respondeu que "mais do que os nomes, o que interessa realmente é o plano".

"É alguém que já vinha da equipa e, portanto, mais do que o nome, o importante é mesmo o plano", disse.

Em comunicado, o Ministério da Saúde esclareceu que a demissão de Francisco Ramos decorre de "irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, do qual é presidente da comissão executiva".

Numa declaração enviada às redações, Francisco Ramos acrescentou que as irregularidades diziam respeito ao processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde daquele hospital.

Leia Também: AO MINUTO: Task Force já tem novo coordenador; Há três novas estirpes

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