Adolfo Mesquita Nunes abandonou, este sábado, a reunião do Conselho Nacional do CDS, considerando que a Mesa do Conselho está a incorrer numa ilegalidade por não adotar a decisão do Conselho de Jurisdição, que determinou que a votação da moção de confiança seria feita por voto secreto. De acordo com a SIC Notícias, o antigo vice-presidente do partido acusa o presidente da Mesa Nacional de "ser cobarde".
O presidente do Conselho Nacional, Filipe Anacoreta Correia, pôs à consideração dos membros a decisão sobre o modo como será votada a moção de confiança à comissão política nacional, apresentada pelo líder do partido.
Adolfo Mesquita Nunes, que propôs a realização de um congresso eletivo antecipado, não concordou com esta decisão e anunciou que iria abandonar a reunião.
O antigo dirigente defendeu que o Conselho Nacional deve acatar o parecer do Conselho Nacional de Jurisdição, emitido na sexta-feira, que estabelece que "a votação de moções de confiança à Comissão Política Nacional deve ser realizada por escrutínio secreto".
Considerando que a decisão de Anacoreta Correia é "ilegal, é cobarde", Mesquita Nunes frisou que não queria "participar num Conselho Nacional que viola os estatutos".
Cerca de 240 membros do Conselho Nacional do CDS-PP estão reunidos desde cerca das 12h10, por videoconferência, para discutir e votar uma moção de confiança à Comissão Política Nacional apresentada pelo líder, Francisco Rodrigues dos Santos, depois do antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes ter proposto a realização de um congresso eletivo antecipado.