Numa mensagem enviada à agência Lusa, assinada pelo presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, o CDS-PP recorda que Carmen Dolores, "dona de uma voz inconfundível e de um talento ímpar, interpretou como ninguém os maiores vultos da literatura nacional e internacional".
"Ao longo de mais de 60 anos de carreira, a sua elegância e a sua profundidade intelectual marcaram todos aqueles que com ela trabalharam, e deixam uma marca inesquecível no panorama cultural e artístico nacional", salienta.
Nascida em Lisboa, a 22 de abril de 1924, Carmen Dolores estreou-se no Teatro da Trindade em 1945, mas para trás ficava um percurso iniciado anos antes, na rádio, como declamadora e atriz, e no cinema, onde protagonizara filmes como "A vizinha do lado", de António Lopes Ribeiro, e "Amor de Perdição", de Leitão de Barros.
Seguir-se-ia o trabalho no Teatro Nacional D. Maria II, então com a Companhia Rey Colaço - Robles Monteiro, e um percurso de 60 anos que passou pela maioria dos palcos portugueses, companhias independentes, cinema, rádio e televisão.
Retirou-se em 2005, com a peça "Copenhaga", no Teatro Aberto, encenada por João Lourenço.
Em julho de 2018, recebeu do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, depois de anteriormente ter sido condecorada pelo chefe de Estado Jorge Sampaio com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Carmen Dolores foi ainda distinguida com a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa, o prémio Sophia de Carreira, da Academia Portuguesa de Cinema, e o Prémio António Quadros de Teatro, entre outros galardões.
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