Inês de Sousa Real apontou críticas ao Governo, esta quarta-feira, na sequência de uma notícia partilhada por um portal associado à tauromaquia, que dá conta que a tourada está incluída nos apoios de 42 milhões de euros lançados pelo Ministério da Cultura.
Na rede social Twitter, a líder parlamentar do PAN lamentou que, "enquanto os profissionais da cultura passam por tremendas dificuldades, o Governo inclui cavaleiros, matadores e bandarilheiros tauromáquicos nos apoios previstos para a cultura, mantendo o balão de oxigénio que tem alimentado esta atividade anacrónica".
Foi publicada em Diário da República, no dia 15 de fevereiro, a portaria n.º 37-A/2021, que aprovou o Regulamento das Medidas de Apoio à Cultura no contexto de resposta à pandemia da doença Covid-19. E no artigo 5.º do diploma está previsto o apoio aos profissionais com código de IRS 3010 (toureiros) e 3019 (outros artistas tauromáquicos).
Recorde-se que o PAN propôs um apoio extraordinário destinado ao setor cultural que assegure "50% das despesas de tesouraria" dos equipamentos e entidades afetados pelas restrições decorrentes da pandemia de covid-19, por forma a tentar assegurar "a sua sobrevivência".
Mais concretamente, no seu projeto de lei, o PAN propõe a criação de "um apoio público, de natureza extraordinária", a fundo perdido, que garanta aos teatros, cineteatros, cinemas, escolas de dança ou entidades ligadas ao circo contemporâneo e artes de rua "o financiamento de 50% das despesas de tesouraria" relativas a novembro, dezembro e ao primeiro trimestre deste ano, por forma a "assegurar a sua sobrevivência no imediato".
Enquanto os profissionais da cultura passam por tremendas dificuldades, o Governo inclui cavaleiros, matadores e bandarilheiros tauromáquicos nos apoios previstos para a cultura, mantendo o balão de oxigénio que tem alimentado esta atividade anacrónica. https://t.co/7PJ4NST4lm
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) February 17, 2021
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