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Voto de pesar de Marcelino da Mata. Mais dois deputados PS abstiveram-se

Os deputados socialistas Tiago Barbosa Ribeiro e Hugo Carvalho comunicaram hoje à agência Lusa que se abstiveram na quinta-feira, no parlamento, perante o voto de pesar pela morte do tenente-coronel Marcelino da Mata.

Voto de pesar de Marcelino da Mata. Mais dois deputados PS abstiveram-se
Notícias ao Minuto

12:42 - 19/02/21 por Lusa

Política Parlamento

Antes da votação em plenário, Tiago Barbosa Ribeiro e Hugo Carvalho enviaram para a mesa da Assembleia das República, por correio eletrónico, a sua posição de abstenção nessa votação, mas a mesa apenas comunicou os votos dos deputados que se encontravam presentes no hemiciclo.

No atual contexto de pandemia de covid-19, só um quinto dos deputados, 46 em 230, pode estar em simultâneo na sala das sessões. Os restantes, quando querem votar em sentido diferente da orientação estabelecida pela respetiva bancada, devem comunicar o seu voto à mesa antecipadamente.

No entanto, segundo Tiago Barbosa Ribeiro, presidente da Concelhia do PS/Porto, apesar de ter comunicado por correio eletrónico a sua abstenção mais de duas horas antes da votação, a mesa comunicou os resultados contabilizando somente os votos dos deputados presentes na sala.

Assim, na bancada do PS, perante o voto de pesar da Comissão de Defesa pela morte de Marcelino da Mata, houve oito e não seis abstenções, além de três votos contra.

Na votação realizada na quinta-feira ao início da noite, a Assembleia da República aprovou um voto de "profundo pesar" pela morte do tenente-coronel Marcelino da Mata, com a oposição de BE, PCP, PAN, "Os Verdes", Joacine Katar Moreira e de três socialistas: Ascenso Simões, Paulo Pisco e Barroco de Melo.

As abstenções foram de Tiago Barbosa Ribeiro, Hugo Carvalho, Porfírio Silva, Miguel Costa Matos, Maria Begonha, Cláudia Santos, Joana Sá Pereira e Bruno Aragão.

Marcelino da Mata, com 80 anos, serviu em mais de 2.000 operações na Guerra Colonial e era o mais condecorado militar do Exército.

O membro dos comandos do Exército português, foi proibido de entrar em território da independente Guiné-Bissau, sua terra-natal.

O comando foi armado cavaleiro da "Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito", em 1969. Subiu sucessivamente de patente, desde soldado a major e reformou-se em 1980, tendo sido ainda promovido a tenente-coronel em 1994.

Leia Também: Aprovado "pesar" por Marcelino da Mata com inúmeros votos contra

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