Após ter estado reunida com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, a deputada do PEV, Mariana Silva, reiterou que o país ainda não estar a trabalhar num plano de desconfinamento.
"O planeamento do desconfinamento já deveria estar a ser feito. Lamentamos ainda não saber nada sobre este, mas aguardamos", afirmou a parlamentar, esta tarde, em declarações aos jornalistas, no Parlamento.
Mariana Silva sublinhou também que o partido mantém-se contra a vigência do Estado de Emergência.
"O Estado de Emergência não é necessário para aquilo que está a ser feito, nem tem qualquer utilidade para o que é preciso planear para o futuro", defendeu.
Além disso, vincou a deputada, o PEV continua preocupado com a situação económica no país, em particular com a situação das pequenas e médias empresas, recordando que quanto mais tempo Portugal estiver confinado, pior serão as consequências para a economia.
Mariana Silva também afirmou que é necessário "voltar-se à escola presencial o mais rápido possível", defendendo que deveriam ser realizados testes antigénios aos alunos, docentes e não docentes - uma recomendação ao Governo que também já foi entregue pelo PEV na Assembleia da República - para garantir um regresso seguro às aulas presenciais.
Tal como João Cotrim Figueiredo, presidente da Iniciativa Liberal, tinha anunciado há momentos, a deputada confirmou também que não haverá qualquer alteração no próximo decreto presidencial.
O Presidente da República começou hoje a ouvir os partidos com assento parlamentar, por videoconferência, sobre a renovação do Estado de Emergência.
Na quinta-feira, o Parlamento reúne-se para debater a provável renovação do Estado de Emergência, que deverá ter efeitos entre 2 e 16 de março e será a 12.ª declaração na atual conjuntura de pandemia de Covid-19.
O atual período termina às 23h59 da próxima segunda-feira, 1 de março.
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