Em comunicado, o recém-eleito presidente da JP, Francisco Camacho, refere que cerca de 20 milhões de euros estão previstos para garantir a disseminação da testagem nas escolas no período da sua abertura, mas esta "tarefa imperativa para garantir o regresso ao ensino presencial" deve incluir toda a comunidade escola por ser tratar de um imperativo de saúde pública.
Segundo o líder da JP, esta decisão vai deixar de fora 85 mil alunos, 11 mil professores e 20 mil funcionários não docentes.
"Deixar de parte mais de 100 mil portugueses de uma necessidade e imperativo do combate à pandemia e de um ponto-chave na possibilidade de um saudável e seguro regresso às aulas presenciais apenas pode ser explicado se o Governo seguir efetivamente uma agenda para a educação que segrega os alunos portugueses e distingue entre comunidades escolares", refere, sublinhando que "a obstinação ideológica substituiu o bom senso dos governantes".
Francisco Camacho sublinha que "este falhanço governativo parece apenas uma falha técnica", tendo em conta "o desastre nos últimos três meses" na educação, como a falta de computadores para os alunos e dificuldades de acesso digital
"É um amontoado inexplicável de falhas, enganos e justificações disparatadas de último recurso", sustenta o presidente da Juventude Popular.
As escolas estão encerradas desde 22 de janeiro, quando o Governo anunciou uma interrupção letiva antecipada de duas semanas. As aulas retomaram a 08 de fevereiro, mas à distância, à semelhança do que aconteceu no ano passado.
A estratégia de rastreio à covid-19 nas escolas prevê um primeiro teste rápido de antigénio a todos os professores, restantes funcionários e alunos do secundário, que se repete 14 dias depois nos concelhos com mais casos.
Portugal já registou 16.595 mortes associadas à covid-19 e 811.306 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, segundo os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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