Estas posições foram defendidas por Ana Catarina Mendes na Assembleia da República, no final da primeira ronda de perguntas ao primeiro-ministro, António Costa, durante o segundo debate deste ano sobre política geral.
Em matéria de combate à covid-19, a presidente da bancada socialista advogou que, nesta fase em que se inicia um desconfinamento "prudente" da atividade no país, Portugal "está melhor" do que outros países.
Em paralelo, de acordo com Ana Catarina Mendes, Portugal continua a executar o plano de vacinação, tendo como meta atingir a imunidade de grupo no final do verão, apesar de se assistir a constrangimentos no que respeita à entrega de vacinas por parte de algumas multinacionais farmacêuticas.
Depois, a presidente do Grupo Parlamentar do PS destacou que, embora se atravesse uma conjuntura de crise internacional por causa da pandemia de covid-19, houve "rigor nas contas públicas" em Portugal ao longo dos últimos cinco anos e as previsões apontam pata um crescimento superior a quatro por cento este ano.
Um clima de confiança na economia portuguesa que permite "maior capacidade de resposta", criando-se condições "para uma recuperação rápida, forte, equitativa e solidária".
"No final do ano passado, a economia portuguesa mostrou que mantém a sua resiliência. Portugal cresceu no quatro trimestre do ano passado, quando muitos Estados-membros da União Europeia não o conseguiram fazer", observou.
No seu discurso, Ana Catarina Mendes colocou ainda em contraste a resposta que foi dada à crise financeira de 2010 na Europa e em Portugal, assente numa lógica de austeridade, com a resposta seguida agora, quer pelas instituições europeus, quer pelo executivo de António Costa.
Um ponto em que procurou então evidenciar aumentos no investimento público, designadamente no Serviço Nacional de Saúde, medidas de proteção do emprego como o 'lao OFF' e, particularmente ao nível da União Europeia, a suspensão das regras orçamentais pelo menos até 2022.
"Esta é a diferença entre a direita e a esquerda. Agora, o Estado social respondeu com proteção e não houve cortes de rendimentos ou aumentos de impostos", salientou.
Numa alusão a reivindicações do Bloco de Esquerda, Ana Catarina Mendes disse que é preciso reconhecer que o número de profissionais no Serviço Nacional de Saúde aumentou em dez mil no último ano.
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