A ronda de encontros de Marcelo Rebelo de Sousa com os partidos com assento parlamentar terminou esta quarta-feira com o PS que, pela voz de José Luís Carneiro, fez um ponto de situação sobre a conversa com o chefe de Estado. O secretário-geral adjunto dos socialistas apontou, no final da reunião, que "o partido manifestou ao Presidente o seu apoio à renovação do Estado de Emergência".
"Os indicadores são relativamente positivos", apontou, acrescentando que, "por um lado, há uma redução no número de casos, uma redução no recurso aos cuidados intensivos e também uma redução no recurso aos cuidados hospitalares".
José Luís Carneiro destacou ainda a vacinação que "tem vindo a decorrer como o previsto". "Até ao final do mês teremos cerca de um milhão de portugueses com a primeira toma e cerca de meio milhão de portugueses com a segunda toma".
Contudo, disse, "o esforço que tem vindo a ser feito não pode, de modo algum, ser deitado por terra, tem de continuar". Porque "ainda há riscos que exigem a nossa atenção", como o índice de transmissibilidade "que tem vindo a aumentar à medida que se processa o desconfinamento" e a variante inglesa "que está já em 80% dos casos conhecidos em Portugal".
Assim, o partido indicou a Marcelo que o desconfinamento "tem de continuar a ser feito com muito gradualismo, muita ponderação", com enfoque em diversos indicadores e capacidade para testagem e rastreios.
Já interrogado se o Estado de Emergência em Portugal vai prolongar-se até maio, o "número dois" da direção do PS referiu que, da conversa com o Presidente da República, foi possível saber-se que "haverá uma reunião do Infarmed".
"Será no decurso da reunião do Infarmed com os epidemiologistas que haverá nova demissão relativamente ao que fazer. Portanto, as decisões que estamos a tomar exigem uma permanente reavaliação, ponderação dos indicadores e, em consequência, um conjunto de medidas em conformidade com esses mesmos indicadores", justificou.
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[Notícia atualizada às 18h50]
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