"Recebo, com choque e muita tristeza, a notícia do falecimento de Jorge Coelho, um amigo de há longas décadas. Homem bom e solidário, foi sempre alguém que se bateu por causas, em especial pela democracia e pela igualdade. Foi também um sobrevivente, com quem aprendi a enfrentar as adversidades", lê-se em nota de Ferro Rodrigues, enviada à agência Lusa.
O ministro de três pastas nos governos de António Guterres (Adjunto, Administração Interna, da Presidência e do Equipamento Social) morreu hoje aos 66 anos, na Figueira da Foz, vitimado por doença súbita, segundo bombeiros locais.
O antigo governante ter-se-á sentido mal durante a visita a uma habitação na zona turística do Bairro Novo, entrando em paragem cardiorrespiratória, tendo as manobras de reanimação sido infrutíferas.
Para Ferro Rodrigues, Coelho "foi sempre alguém que se bateu por causas, em especial pela democracia e pela igualdade, investindo muita da sua ação no combate às injustiças".
"Neste momento tão difícil, quero endereçar à sua família, em especial à sua mulher, filhos e netos, e aos muitos amigos que deixa, de todos os quadrantes políticos, as mais sentidas condolências", lê-se ainda no texto do antigo secretário-geral do PS.
A partir de 1992, com Guterres na liderança, Jorge Coelho foi secretário nacional para a organização, contribuindo para a vitória eleitoral dos socialistas nas eleições legislativas de 1995.
"Tive oportunidade de testemunhar as suas muitas qualidades quando coincidimos nos Governos de António Guterres, há já mais de vinte anos, e a energia que o caracterizava, que o levaram a ser uma das figuras mais importantes do PS -- e, ainda hoje, uma das mais queridas dos seus militantes, pelo contributo decisivo para muitas das vitórias eleitorais do Partido, de que destaco a das Legislativas de outubro de 1995", destacou Ferro Rodrigues.
O segundo membro da hierarquia do Estado português declarou ainda que "hoje é um dia triste para o país, que vê perder um dos seus melhores".
[Notícia atualizada às 20h45]
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