Paulo Portas deixou, ontem à noite, elogios à forma como está a ser gerido o plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, que "claramente melhorou" com a chegada do vice-almirante Gouveia e Melo.
No seu espaço semanal de comentário na TVI, o antigo dirigente do CDS considerou que a task force está trabalhar para atingir um de dois cenários possíveis, no que diz respeito à imunidade de grupo:
"Se tudo correr bem, e melhor do que o previsto nos fornecimentos, [a imunidade de grupo no país] será a 16 de julho ou será a 13 de agosto, a data apontada pelo vice-almirante Gouveia e Melo", afirmou.
Sobre os próximos dias, Paulo Portas confirmou que o processo de vacinação vai "acelerar bastante nas semanas" que se seguem, ainda que a velocidade possa ser determinada pelo surgimento de novas variantes ou pela "incerteza" da chegada de 1,5 milhões de vacinas da AstraZeneca a Portugal e dos "fornecimentos ligeiramente adiados" da vacina da Johnson & Johnson.
Ainda assim, para o comentador já é possível ver-se os frutos da vacinação contra o novo vírus através da boa evolução dos dados epidemiológicos nos últimos dias: "Há já um número muito significativo de portugueses protegidos e vacinados, o que limita os efeitos severos e dolorosos que a pandemia tem".
Posto isto, o antigo presidente centrista defendeu ainda que o atual Estado de Emergência deverá ser o último e que o país deverá passar para situação de calamidade.
"Este é o último Estado de Emergência. Terá de haver depois um enquadramento, que presumo que seja aquele da proteção civil, que envolve a situação de calamidade, para não haver uma rutura completa", apontou.
O atual Estado de Emergência teve início às 00h00 do dia 16 de abril e termina às 23h59 do dia 30 deste mês.
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