"Os madeirenses têm de ter consciência que o comportamento dos cidadãos será determinante", disse o líder parlamentar do PSD no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira, sublinhando que os que "exigem horários alargados na restauração e bares têm de contribuir".
O líder da bancada da maioria falava depois de uma intervenção política da deputada social-democrata Cláudia Perestrelo, que enunciou várias medidas adotadas pelo Governo da Madeira (PSD/CDS-PP) no combate à pandemia "desde a primeira hora".
"É importante que as pessoas percebam que o futuro da nação e da região depende do comportamento individual", vincou.
A criação do corredor verde que permitiu a entrada de turistas na região, a anunciada utilização dos cães farejadores no Aeroporto da Madeira, a testagem massiva da população que começou em 26 de abril e conta com a adesão de 22 farmácias, e o plano de vacinação - que contabiliza 81 mil administrações e vai permitir que "até final de junho 50% da população esteja inoculada uma vez" - foram algumas das medidas que apontou.
Na segunda-feira, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, anunciou, entre outras medidas, que o recolher obrigatório na região passa a vigorar entre as 23:00 e as 05:00, incluindo aos fins de semana, a partir de domingo.
Atualmente, o recolher obrigatório vigora na região entre as 19:00 e as 05:00 do dia seguinte durante a semana, e entre as 18:00 e as 05:00 aos fins de semana e feriados.
Os restaurantes e bares vão poder estar abertos até às 22:00 com uma lotação até 50%, com cinco pessoas por mesa, e nos bares não é permitido "beber ao balcão ou de pé".
Atualmente, a restauração, tal como as outras atividades comerciais, encerra durante a semana às 18:00 e aos fins de semana às 17:00, sendo que o horário de entrega de refeições ao domicílio decorre até às 22:00, todos os dias.
Por seu turno, o deputado do JPP Élvio Sousa censurou os modelos de apoios adotados pelo Governo Regional, apontando que "40% das empresas da Madeira dizem não ter beneficiado de qualquer medida de ajuda". Também existem, referiu, "quebras acima de 50% no turismo".
O parlamentar criticou que o Governo Regional tenha optado por apoiar empresas públicas em detrimento do tecido empresarial privado do arquipélago.
Élvio Sousa realçou que "o fim das moratórias será um período difícil" e vai provocar "uma grande contração do consumo", uma situação que afeta "78.000 contratos de crédito à habitação".
Segundo os mais recente dados, divulgados na terça-feira pela Direção Regional de Saúde, a Madeira registou 16 novos casos de covid-19 e registou 26 pessoas recuperadas da doença, totalizando 8.895 casos confirmados desde o início da pandemia e 71 óbitos associados à doença.
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