O candidato do PSD e do CDS à Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, desvalorizou as primeiras sondagens divulgadas sobre a corrida à autarquia da capital, que mostram que o ex-comissário europeu conta com 25,7% das intenções de voto, enquanto o autarca socialista arrecada 46,6%.
"Temos um presidente da câmara que tem uma máquina da Câmara Municipal que anuncia todos os dias e a todas as horas, que está presente nas televisões e tem nessa sondagem 40 e não sei quantos por cento. Só estranho é ele [Fernando Medina] não ter mais. Se eu tivesse a máquina que ele tem atrás, eu tinha mais de certeza. Eu só posso subir e ele só pode descer", defendeu, ontem à noite, em entrevista ao Miguel Sousa Tavares, na TVI24.
Mais, para Moedas, estas sondagens não são um reflexo de que a sua pré-campanha nas autárquicas esteja a enveredar por um mau caminho: "A pré-campanha está a correr bem porque é feita de sair, de conhecer as pessoas e andar pelas freguesias".
Ainda assim, o antigo secretário de Estado Adjunto de Pedro Passos Coelho admitiu que, por ter trabalho em Bruxelas, não é "uma cara tão conhecida" na capital. Contudo, este não é um fator que não deverá fazer mossa nas eleições, visto que "as pessoas estão cansadas de terem um município gerido pelo PS". "Há um desgaste muito grande", insistiu.
Sobre a sua visão para a capital, Moedas disse que quer colocar Lisboa "na Liga dos Campeões das cidades europeias" e reconstruir o setor da Cultura. "Lisboa não pode ser só shows e feiras", atirou.
Moedas também considerou que o envelhecimento da população é uma questão central na sua candidatura e que quer transformar a vida destes lisboetas numa vida menos isolada, o que pode ser alavancado pela tecnologia.
Quanto ao Turismo, o candidato à Câmara sublinhou que este é um dos setores mais afetado pela pandemia e prometeu criar novos centros turísticos, anunciando que, se vencer a corrida às urnas, a taxa de dois euros por dormida e por noite poderá vir a ser reduzida.
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