O apelo foi feito por Jerónimo de Sousa na sua intervenção de encerramento do Congresso da Juventude Comunista Portuguesa (JCP), que decorreu em Vila Franca de Xira (Lisboa).
Numa improvisação do seu discurso, o líder comunista fez questão de fazer um "sublinhado solitário para com o povo palestiniano", e logo foi acompanhado por gritos "Palestina vencerá" dos congressistas da JCP.
"Face a escalada da agressão de Israel, o PCP reafirma a sua solidariedade com o povo palestiniano e com a sua justa luta contra a ocupação e pelos seus direitos nacionais, internacionalmente reconhecidos, mas não concretizados", salientou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do partido exigiu ainda ao Governo português "uma posição clara e contundente em defesa dos direitos nacionais do povo palestiniano e do cumprimento das resoluções das Nações Unidas que os consagram".
"Daqui apelo à participação nas ações de solidariedade, já amanhã, em Lisboa, Porto e Évora", exortou Jerónimo de Sousa, que estará presente na capital, em iniciativas organizadas pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN).
Os combates entre Israel e os palestinianos na Faixa de Gaza, os mais graves desde 2014, fizeram pelo menos 174 mortos em Gaza, incluindo 47 crianças, e outros 10 em Israel.
Os combates começaram em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.
Os 27 países da UE têm frequentemente dificuldades em encontrar uma posição comum sobre o conflito israelo-palestiniano, com países como a Alemanha, a Áustria ou a Eslovénia a apoiarem firmemente o direito de Israel a defender-se, enquanto outros exortam o Estado hebreu a demonstrar contenção.
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