Um dos temas do habitual comentário de Paulo Portas na TVI24, como não poderia deixar de ser, foi a realização da final da Liga dos Campeões - que opôs o Manchester City ao Chelsea - na cidade do Porto. O ex-vice-primeiro-ministro começou por citar Herman José - na personagem Diácono Remédios - ao considerar: "Não havia necessidade".
Para Portas, "temos de abrir", mas também "temos de ter cuidado com a forma como abrimos". "As celebrações do título do Sporting foram um desastre. Foram, ao que tudo indica, aquilo a que se chama um grande evento de supercontágio. Estas [da Liga dos Campeões] também podiam ter corrido manifestamente melhor. Não sei como o número previsto [de lugares] foi alterado sem mais explicações, veio mais gente que nem sequer bilhete tinha...", frisou, fazendo um paralelismo.
O também ex-líder do CDS-PP destacou ainda que não sabe "a quem passou pela cabeça que era possível fazer uma 'bolha' com ingleses". "É não conhecer os ingleses, parece-me. Só se for uma 'bolha' de cerveja ou uma 'bolha' na cabeça de qualquer ministro", considerou.
Paulo Portas destacou as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa sobre este caso, apontando que o Presidente da República tinha já dito "duas coisas" nas últimas semanas: "Quem tinha que proteger não protegeu e agora disse que se era para ser uma 'bolha', então tinha de ser uma 'bolha' mas não foi".
"Só lhe faltou dizer três palavras: Ministro da Administração Interna", acrescentou o comentador, sublinhando que Eduardo Cabrita "é o responsável político pela boa ou má organização".
O político recordou que "vêm aí os Santos Populares" onde pensa que "se vai colocar outro problema do género". "Sou defensor que temos de abrir senão a economia entra em colapso. Temos de o fazer com conta, peso e medida, para não pôr em causa o esforço de toda a gente", terminou.
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