O presidente do PSD, Rui Rio, informou, esta terça-feira, que o partido está a reunir informações sobre o caso de bullying, que levou um menor a ser atropelado no Seixal, na semana passada.
O dirigente partidário explicou, em declarações aos jornalista, que a recolha destes dados tem como objetivo a criação de um projeto-lei sobre o fenómeno.
"Da nossa parte, estamos inclusive a recolher informações, quer da parte do pai do jovem, quer agora do lado da escola, para saber quais são os constrangimentos que sentem em termos legais para que possamos fazer um projeto de lei, que vá de encontro com aquilo que é necessidade do país", adiantou Rui Rio, esta tarde, após ter visitado a Escola Dr. António Augusto Louro, no Seixal.
Ainda que admitindo que esta é matéria "muito difícil de legislar" porque, muitas vezes, o bullying é uma "agressão psicológica e silenciosa", o líder social-democrata garantiu que o diploma realizado pelo partido deverá ser apresentado na Assembleia da República daqui a "uma ou duas semanas".
Sobre o projeto-lei per si, Rui Rio apenas adiantou que este fenómeno ocorre maioritariamente entre jovens e que, ainda que o agressor e a vítima precisem ambos de proteção, não devem ser "invertidas as prioridades", sendo que, em primeiro lugar, "precisa de proteção o agredido". "É isto que temos de contemplar na lei", acrescentou.
O presidente do PSD aproveitou ainda o momento para deixar críticas sobre a atuação do Governo no combate ao bullying no país, frisando que o Executivo criou um grupo de trabalho, em 2019 sobre a matéria, que, até à data, não apresentou "nenhum resultado prático".
Um adolescente de 14 anos, alvo de bullying, foi atropelado, na Arrentela, Seixal, quando tentava fugir dos colegas. O menor acabou por sofrer ferimentos ligeiros na sequência do incidente. Entretanto, o Ministério Público (MP) já abriu um inquérito tutelar educativo no âmbito do caso.
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