"O PS tem os seus 'comentadores independentes' espalhados pelos diversos canais para vender a propaganda socialista e tentar destruir os adversários... mas esse trabalhinho tem um preço. Chegou a vez de Pedro Adão e Silva receber a compensação. Pagamos nós; com os nossos impostos", criticou Rui Rio, numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter.
A publicação do líder do PSD está associada a uma notícia do Porto Canal relativa à análise da escolha de Pedro Adão e Silva para esse cargo.
Em 27 de maio, o Conselho de Ministros aprovou a criação de uma estrutura de missão para organizar as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que se assinala em 2024, nomeando Pedro Adão e Silva como comissário executivo.
Pedro Adão Silva é professor auxiliar do departamento de ciência política e políticas públicas no ISCTE, diretor do Doutoramento em Políticas Públicas da mesma instituição e comentador em vários órgãos de comunicação social, como a TSF ou o Expresso.
A par da estrutura de missão vai funcionar, junto da Presidência da República, uma Comissão Nacional, presidida pelo antigo Presidente da República Ramalho Eanes, que terá a responsabilidade de "aprovar o programa oficial das comemorações e os relatórios de atividades".
Na comemoração da revolução deste ano, foi anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa, que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ele próprio tinham acertado que as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril começam em 24 de março de 2022, quando a democracia ultrapassa em um dia a duração da ditadura.
De acordo com o executivo, a estrutura de missão será composta por um Conselho Geral, nomeado pelo primeiro-ministro, e que contará "com a presença de individualidades de reconhecido mérito e ativismo em dimensões fulcrais na construção da democracia, para além de uma Comissão Executiva que "é responsável pela elaboração do programa oficial das comemorações, bem como pela sua concretização".
"Foi nomeado Comissário Executivo Pedro Adão e Silva Cardoso Pereira", referia ainda o Governo.
O objetivo destas comemorações, de acordo com o Governo, "é perpetuar, regenerar e alargar o vínculo com o regime democrático, celebrando o arco democrático que se iniciou no 25 de abril de 1974 e que se desenvolveu ao longo de 1976 com a aprovação da Constituição, as primeiras eleições legislativas presidenciais e regionais e que culminou com as autárquicas no final desse mesmo ano".
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