Brisa desmente MAI e líder centrista volta a 'atacar' o ministro Cabrita

Francisco Rodrigues dos Santos defende que Eduardo Cabrita "não pode continuar neste silêncio ensurdecedor" quanto ao acidente em que esteve envolvido, na autoestrada A6, no Alentejo, e que provocou a morte a um trabalhador que fazia a manutenção da via.

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© David Tiago / Global Imagens

Filipa Matias Pereira
29/06/2021 20:03 ‧ 29/06/2021 por Filipa Matias Pereira

Política

Eduardo Cabrita

Francisco Rodrigues dos Santos voltou a atacar, esta terça-feira, Eduardo Cabrita depois de a Brisa ter desmentido o "Ministério da Administração Interna ao garantir que os trabalhos em curso na A6 estavam devidamente sinalizados".

Contactada pela SIC, fonte da Brisa assegurou que os trabalhos que estavam a ser realizados na A6, onde ocorreu o acidente que fez uma vítima mortal, estavam devidamente sinalizados e cumpriam as regras de segurança. A Brisa, responsável pela manutenção da autoestrada e que subcontratou a empresa Arquijardim, onde trabalhava a vítima, esclareceu ainda que naquele dia decorriam limpezas na valeta fora da plataforma da autoestrada.

Estas informações, defende o presidente do CDS-PP, "só vêm dar razão" ao que o partido pediu ontem: "Que o ministro assegure que as circunstâncias deste acidente são esclarecidas de forma independente pelas polícias competentes e que Eduardo Cabrita garanta aos portugueses que o carro em que seguia cumpria os limites de velocidade".

O líder dos centristas insiste que o ministro com a pasta da Administração Interna "não pode continuar neste silêncio ensurdecedor, enquanto o seu Gabinete mente publicamente sobre os factos do acidente e imputa responsabilidades à vítima". 

Francisco Rodrigues dos Santos vai mais longe e atira que a "mentira passou a ser o discurso oficial do PS", aludindo a casos anteriores que envolvem governantes socialistas. 

Numa publicação na rede social Twitter, o presidente do partido recorda então que "Van Dunem mentiu no CV do procurador europeu", enquanto Medina "mentiu sobre o envio de dados de manifestantes para a Rússia". Já Cabrita, "mentiu sobre a reestruturação do SEF e o seu Gabinete mente agora sobre as circunstâncias do acidente". 

O CDS exige, pois, "saber a verdade. O ministro deve uma explicação à viúva, às suas filhas, e aos portugueses".

O acidente em que morreu atropelado um trabalhador que fazia a manutenção da via na autoestrada A6, no Alentejo, pelo carro que transportava o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, ocorreu no dia 18 deste mês.

No dia seguinte ao acidente, o Ministério da Administração Interna indicou que na altura do acidente não existia sinalização para alertar os condutores dos "trabalhos de limpeza em curso" naquela autoestrada e que o trabalhador atravessou a faixa de rodagem próxima do separador central, apesar de os trabalhos de limpeza em curso estarem a decorrer na berma.

O Ministério Público abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do trabalhador e o INEM também está a investigar as circunstâncias em que foi prestado o socorro.

Leia Também: Cabrita deve demitir-se caso se apure excesso de velocidade, diz CDS

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