"Aceitei o desafio de candidatar-me à presidência da Câmara Municipal de Santana porque acredito que o meu concelho precisa de um novo rumo", disse o cabeça de lista à agência Lusa. João Paulo Luís é filho de emigrantes no Reino Unido, onde nasceu.
O concelho de Santana foi durante décadas governado pelo PSD, mas perdeu as eleições em 2013 para o CDS, o partido que atualmente integra a coligação do executivo regional da Madeira.
Nas autárquicas de 2017, o CDS consolidou a sua posição e o atual executivo municipal de Santana é composto por cinco elementos, sendo quatro do CDS e um do PSD.
Para as autárquicas de 26 de setembro, PSD e o CDS-PP celebraram um acordo para concorrer coligados em sete dos 11 concelhos da região, excluindo Santana, Calheta e Câmara de Lobos, onde concorrem com listas próprias.
João Paulo Luís sustentou que "a população de Santana merece e precisa de outras respostas", adiantando que "há muito que pode ser feito e que não é feito há oito anos".
"Acima de tudo, penso que os tempos que se avizinham -- de retoma e de projeção para o futuro -- exigem uma outra gestão camarária que não se fique pela atual gestão corrente, que pouco ou nada traz de novo", afirmou.
O candidato, que é licenciado em Gestão de Empresas, apontou que este concelho "tem muito potencial por explorar", o que deve acontecer "sem colocar em causa o património natural e paisagístico que o caracteriza".
"Temos todas as condições para afirmar Santana do ponto de vista turístico e cultural. Para fazer valer a nossa natureza, aquilo que nos distingue. Nada disto tem sido feito e é essa a resposta que queremos dar", disse.
O cabeça de lista enfatizou que apostar no setor turístico deve ser encarado "como veículo de geração de emprego e de fixação dos mais jovens" e "a sua identidade cultural, transformando essa diferença numa oportunidade de crescimento económico".
O candidato realçou a necessidade de "atrair investimento", além de "apoiar e incentivar os empresários" do turismo e da restauração, "reforçar os apoios sociais", dar uma maior atenção ao envelhecimento da população e "criar políticas que não se fiquem pela atribuição de subsídios".
"Há muito que se pode fazer pelo nosso concelho e, sobretudo, temos a certeza de que Santana precisa de ser elevada na sua grandeza, na sua diferença e no seu valor, como um concelho que, estando a norte, está hoje bem mais próximo dos restantes e tem de ter melhores condições de vida para quem nele resolveu viver e estará preparado para receber aqueles que queiram vir", sustentou.
O candidato social-democrata declarou estar "confiante num bom resultado eleitoral" porque a sua equipa tem "uma missão a cumprir e o projeto vai ao encontro do que a população hoje mais precisa", não ficando "pelo imediato, mas que pensa e se traduz a médio e longo prazo".
João Paulo Luís enfatizou ter condições para "desenvolver este concelho de uma forma clara e objetiva", indicando que a estratégia delineada "passa por sustentar a retoma económica, gerando emprego e melhorando a vida das pessoas, sendo a riqueza ser distribuída por todos".
O concelho de Santana, na costa norte, conhecido pelas típicas casas cobertas de colmo, abrange uma superfície de 95,56 quilómetros quadrados, é composto por seis freguesias (Santana, São Jorge, Arco de São Jorge, Faial, São Roque do Faial e Ilha), nas quais residem 7.719 pessoas (Censos 2011).
Nestas eleições são também candidatos a Santana Dinarte Fernandes (CDS), que é o atual presidente (em substituição de Teófilo Cunha, que desempenha o cargo de secretário Regional do Mar e das Pescas no Governo madeirense) e encabeça pela primeira vez uma candidatura, Tânia Freitas (PS) e Elisa Mendonça (CDU).
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