Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com a comunidade portuguesa em Angola na residência do embaixador, Pedro Pessoa e Costa, acompanhado do primeiro-ministro, António Costa, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, no final da XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da comunidade dos Países de Língua Portuguesa que hoje terminou em Luanda.
Entre os representantes da comunidade, cerca de três dezenas de pessoas, estavam empresários ligados a algumas das empresas mais representativas em Angola - como as construtoras Mota-Engil, Casais, Teixeira Duarte, Tecnovia, MCA e Omatapalo, indústrias como a Agrolider e a Angonabeiro ou tecnológicas como a Primavera -, que cantaram os parabéns a António Costa, que hoje comemora 60 anos.
Marcelo Rebelo de Sousa salientou que a cooperação com Angola não parou durante o período da pandemia, antes intensificou-se, e recordou a sua última visita ao país, em 2019, numa altura em que se esperava um "galope económico" e Angola iniciava um novo momento político, quando "assim de repente, caiu a pandemia", deixando famílias separadas e pondo um travão na economia.
Mostrou-se, no entanto, otimista face à "impressionante persistência" do tecido económico e empresarial português, associada à aceleração da vacinação para melhorar a gestão da pandemia.
"Para nós, portugueses, não há caminhos impossíveis, é o que estamos a revelar pelo mundo fora, no que está a fazer a comunidade portuguesa, e é esse esforço que vos queria agradecer", disse o Presidente, realçando que ele próprio sentiu as dificuldades por que passaram os emigrantes ou familiares de emigrantes em tempos de pandemia.
Marcelo Rebelo de Sousa louvou também o seu homólogo angolano, João Lourenço, pelo facto de ter realizado a cimeira em formato presencial, ideia que Portugal apoiou desde o início e que considerou um sinal de que "a CPLP está cada vez mais viva".
Sobre o Acordo de Mobilidade, aprovado na cimeira, comentou que permite fazer com que "circular passe a ser uma regra", ao contrário do que acontecia anteriormente, e frisou que é preciso apostar no alargamento comercial e económico da organização lusófona.
"O desafio é esse, rearrancar e seguir em frente. Portugal e Angola têm futuro e têm um futuro juntos".
O chefe da diplomacia portuguesa destacou que, ao longo dos anos, Portugal tem construído uma relação "cada vez mais sólida com Angola" de que são o exemplo os acordos bilaterais assinados durante a cimeira, com destaque para a área da formação e da cooperação.
"Nada disso é possível sem o vosso envolvimento no quotidiano" disse Augusto Santos Silva aos convidados.
O embaixador português em Luanda, Pedro Pessoa e Costa, afirmou que esta é uma comunidade "resiliente e dinâmica, criativa e generosa", que participa e está atenta às necessidades do país, criando riqueza e postos de trabalho.
"Não é em momentos difíceis que abandonamos Angola e os angolanos", rematou.
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