"Para nós, portugueses, não há caminhos impossíveis"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou hoje uma nota de otimismo no final da cimeira da CPLP, afirmando que "para os portugueses não há caminhos impossíveis" e encorajando-os a "seguir em frente", apesar da pandemia.

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Lusa
17/07/2021 21:18 ‧ 17/07/2021 por Lusa

Política

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com a comunidade portuguesa em Angola na residência do embaixador, Pedro Pessoa e Costa, acompanhado do primeiro-ministro, António Costa, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André, no final da XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da comunidade dos Países de Língua Portuguesa que hoje terminou em Luanda.

Entre os representantes da comunidade, cerca de três dezenas de pessoas, estavam empresários ligados a algumas das empresas mais representativas em Angola - como as construtoras Mota-Engil, Casais, Teixeira Duarte, Tecnovia, MCA e Omatapalo, indústrias como a Agrolider e a Angonabeiro ou tecnológicas como a Primavera -, que cantaram os parabéns a António Costa, que hoje comemora 60 anos.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que a cooperação com Angola não parou durante o período da pandemia, antes intensificou-se, e recordou a sua última visita ao país, em 2019, numa altura em que se esperava um "galope económico" e Angola iniciava um novo momento político, quando "assim de repente, caiu a pandemia", deixando famílias separadas e pondo um travão na economia.

Mostrou-se, no entanto, otimista face à "impressionante persistência" do tecido económico e empresarial português, associada à aceleração da vacinação para melhorar a gestão da pandemia.

"Para nós, portugueses, não há caminhos impossíveis, é o que estamos a revelar pelo mundo fora, no que está a fazer a comunidade portuguesa, e é esse esforço que vos queria agradecer", disse o Presidente, realçando que ele próprio sentiu as dificuldades por que passaram os emigrantes ou familiares de emigrantes em tempos de pandemia.

Marcelo Rebelo de Sousa louvou também o seu homólogo angolano, João Lourenço, pelo facto de ter realizado a cimeira em formato presencial, ideia que Portugal apoiou desde o início e que considerou um sinal de que "a CPLP está cada vez mais viva".

Sobre o Acordo de Mobilidade, aprovado na cimeira, comentou que permite fazer com que "circular passe a ser uma regra", ao contrário do que acontecia anteriormente, e frisou que é preciso apostar no alargamento comercial e económico da organização lusófona.

"O desafio é esse, rearrancar e seguir em frente. Portugal e Angola têm futuro e têm um futuro juntos".

O chefe da diplomacia portuguesa destacou que, ao longo dos anos, Portugal tem construído uma relação "cada vez mais sólida com Angola" de que são o exemplo os acordos bilaterais assinados durante a cimeira, com destaque para a área da formação e da cooperação.

"Nada disso é possível sem o vosso envolvimento no quotidiano" disse Augusto Santos Silva aos convidados.

O embaixador português em Luanda, Pedro Pessoa e Costa, afirmou que esta é uma comunidade "resiliente e dinâmica, criativa e generosa", que participa e está atenta às necessidades do país, criando riqueza e postos de trabalho.

"Não é em momentos difíceis que abandonamos Angola e os angolanos", rematou.

Leia Também: Inundações na Europa. Marcelo apresenta "condolências" ao rei da Bélgica

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