"Este compromisso político e programático para o novo ciclo passa por um conjunto de medidas para atuar nas diversas áreas da governação da cidade, tendo em conta a nova realidade que estamos a viver", salienta a associação em comunicado.
Na área da Habitação, os Cidadãos por Lisboa destacam o reforço do aumento do parque público, "acrescentando uma linha de produção cooperativa, com foco nas cooperativas de inquilinato".
Ainda ao nível da Habitação, a associação presidida pela atual vereadora da Habitação na Câmara de Lisboa, Paula Marques, pretende reforçar a "proteção aos mais vulneráveis, antevendo os impactos da pandemia nas famílias".
O "acordo coligatório", que será assinado "nos próximos dias", prevê, igualmente, a recuperação do investimento e da ação no apoio às pessoas deficientes, idosos, migrantes, refugiados, vítimas de violência doméstica e pessoas em situação de sem-abrigo.
O combate ao racismo, à xenofobia e à homofobia através de programas transversais com as juntas de freguesia e a comunidade escolar é outra das prioridades dos CPL, realça o comunicado.
No capítulo do Urbanismo, a associação política defende a revisão dos instrumentos de planeamento urbanístico, dos incentivos fiscais à reabilitação e das cartas de equipamentos de saúde, ensino e desporto "à luz das novas realidades urbanísticas" de forma a "reduzir a fratura sócio-territorial e não aprofundá-la".
Os Cidadãos por Lisboa querem ainda "manter o percurso de consolidação e rigor nas contas da cidade, apostando simultaneamente na captação de investimento produtivo, do tecido empresarial que valorize o trabalho e as condições laborais, do tecido dos agentes culturais de Lisboa e promoção do Emprego Cultural, e na elaboração de políticas públicas que promovam o turismo compatível com o bem-estar na cidade".
Pretendem igualmente apostar na participação cidadã "como forma estrutural de construção da cidade".
A vereadora Paula Marques foi eleita presidente da associação política Cidadãos por Lisboa (CPL), constituída este ano, depois de cerca de 14 anos enquanto movimento de eleitores.
O movimento Cidadãos por Lisboa foi fundado em 2007 por Helena Roseta e está representado na Assembleia Municipal de Lisboa e no executivo.
João Paulo Saraiva e Paula Marques, da direção da associação, são vereadores no município, eleitos pelas listas socialistas. João Paulo Saraiva é vice-presidente do executivo e tem o pelouro das Finanças, enquanto Paula Marques é vereadora do Desenvolvimento Local e Habitação.
A Câmara de Lisboa é atualmente composta por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é Muita Gente), um do BE (que tem um acordo de governação do concelho com os socialistas), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.
As próximas eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.
Na corrida à presidência da autarquia foram até agora anunciadas as candidaturas de Fernando Medina (PS, atual presidente do município), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Beatriz Gomes Dias (BE), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt) e João Patrocínio (Ergue-te).
Tinha sido também anunciada a candidatura de Rui Tavares, pelo Livre, mas no domingo foi divulgado um acordo de coligação do partido com o PS que contempla a integração de Rui Tavares no futuro executivo como vereador da Cultura, Ciência, Conhecimento e Direitos Humanos.
Leia Também: IL vai concorrer a 51 concelhos com um total de 43 candidaturas próprias