Em comunicado divulgado, o PCP explicitou que "desde há mais de um ano" que os funcionários da Groundforce estão a viver uma "situação de profunda instabilidade".
Os comunistas recordaram que já tinham proposto a nacionalização da empresa de 'handling' como única maneira de "ultrapassar a presente crise", mas "o Governo do PS não quis seguir esse caminho, preferindo deixar a empresa entregue ao capitalista a quem um anterior governo oferecera 50,1%" das ações.
"O Governo tem todos os instrumentos para resolver de imediato esta situação. Através da nacionalização da Groundforce, libertando-a da chantagem do acionista privado que tenta salvar-se à custa dos trabalhadores, da TAP e da economia nacional. É isso que se exige", sublinhou o partido.
Alfredo Casimiro, no entender do PCP, mostrou-se desde o início "completamente incapaz" de dirigir a Groundforce.
"O longo do último ano ficou perfeitamente demonstrado que quer o Governo quer a TAP não quiseram resolver a situação da Groundforce pois a sua prioridade era manter a fragilidade destes trabalhadores para conseguir impor uma redução salarial de cerca de 30%", sustentaram os comunistas.
Os trabalhadores da Groundforce estiveram em greve durante o fim de semana. A paralisação cancelou centenas de voos nos aeroportos portuguesas, em particular, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
A greve vai prolongar-se ainda pelos dias 31 de julho, 01 e 02 de agosto.
Além desta paralisação, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24h00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
A TAP garantiu no sábado que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de 'handling' ter acusado a companhia aérea de ter uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.
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